Grito para transcender a dor. A dor que oprime o corpo e a mente. Que impossibilita os sonhos, obrigando-me a me esconder atrás de muros que eu tanto lutei para derrubar.
Faço a minha prece. Invoco a inteligência maior que me redime do erro. Erro que rasga a carne e reinventa a paixão. Abençoada seja a paz que entende o amor.
Hoje tenho a consciência de que sou carne. Carne que sangra a paixão de estar vivo, superando o medo do nada infinito em função deste viver. Mas tenho também a consciência de que amanhã serei vento. Vento que continuará a soprar nos ouvidos daqueles que querem escutar que a paz há de chegar.