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Artigos-->Aprendendo com o futebol! -- 01/10/2009 - 14:42 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Aprendendo com o futebol

Carlos Claudinei Talli



Há algum tempo assisti na televisão uma entrevista do empresário Ricardo Semler sobre um novo método de educação que a sua empresa está tentando implantar, com a criação de alguns centros onde não existe um currículo escolar definido, dependendo a sua organização dos focos de interesse que os alunos manifestam durante as aulas.



Aproximadamente 20 anos atrás, esse mesmo empresário escreveu o livro “Virando a própria mesa” que, de uma maneira simples e com uma didática acessível, mostrava as inovações que estava introduzindo na empresa que herdara do pai.



Naquela época, a maioria das empresas era administrada de uma maneira vertical e impositiva, de cima para baixo, com uma hierarquia inflexível, deixando para os funcionários de baixo escalão apenas um caminho a seguir: ouvir a ordem do superior imediato e... Obedecer. A máxima sempre foi: ‘é proibido pensar’. Ter idéias então... Impossível. Expressá-las... Demissão.



Semler inovou e desencadeou uma verdadeira revolução em sua empresa, invertendo a ordem natural das coisas. Os empregados foram estimulados a pensar e a conversar abertamente sobre as idéias que surgissem em suas mentes. Praticamente toda a hierarquia foi abolida, e aquilo que inicialmente pareceu se transformar num caos, se mostrou extremamente criativo algum tempo depois. A produtividade da empresa aumentou de uma forma exponencial, novos produtos foram criados e, em poucos anos, ele multiplicou por 10 o patrimônio que seu pai lhe deixara.



Voltando à entrevista citada, o método escolar que ele está tentando implantar se originou exatamente dessa revolução administrativa que teve um enorme sucesso na sua empresa.



Inclusive, ele deu um exemplo simples para que os telespectadores entendessem como funciona o novo sistema de ensino.



Numa determinada aula, ao se instigar os alunos a colocarem para fora suas idéias, percebeu-se que muitos deles tinham um interesse enorme por motocicletas. Ato contínuo, um professor ‘fissurado’ em motos foi contratado e uma grande empatia aconteceu entre mestre e estudantes exatamente por causa dessa paixão comum. Poucos meses depois, todos os alunos tinham absorvido rapidamente muitos conhecimentos de matemática, física, química, etc., etc., cujo aprendizado no modelo tradicional de ensino requereria muito mais tempo.



Por exemplo, a roda da moto foi usada para introduzir o conceito de círculo; o funcionamento do motor facilitou o entendimento de muitos enunciados da física, e assim, sucessivamente, com todos os componentes da moto.



Enquanto eu assistia àquela entrevista, me ocorreu que o futebol, paixão da maioria das crianças e jovens brasileiros, poderia ser usado para o estudo da geometria. Se olharmos atentamente para um campo de futebol, facilmente identificamos inúmeras formas geométricas.



O próprio gramado, como também os gols, representa um retângulo; a área central do campo, um círculo – a figura geométrica perfeita -; as linhas laterais sinalizam para duas retas paralelas; a linha de fundo forma com uma das linhas laterais um ângulo de 90º e podem simbolizar uma reta perpendicular; a meia lua da grande área concebe a idéia de um semi-círculo; a linha da grande área com a respectiva meia lua, um ângulo de 180º; o círculo central, um ângulo de 360º; traçando-se uma linha diagonal imaginária ligando duas bandeirinhas situadas em lados opostos, teremos a hipotenusa de dois triângulos retângulos, e o teorema de Pitágoras, por exemplo, poderá ser explicado e facilmente guardado na memória.



A bola do jogo, inclusive, ao ser chutada de um lado para o outro, poderia representar inúmeros símbolos.



Um simples chutão de um zagueiro pouco habilidoso, para destruir um perigoso ataque adversário, por exemplo, poderia simbolizar uma parábola.



E, como neste planeta, se não existir uma força – motor - que sustente no ar qualquer corpo, tudo que sobe desce, um chute para o alto, que na gíria futebolística ‘levaria o porquinho para casa’, poderia ajudar um estudante a entender a grande descoberta de Isaac Newton, ou seja, a lei da gravidade.



Com criatividade, um professor fanático por futebol poderia realizar verdadeiros milagres, inclusive, transformar matérias historicamente consideradas chatas e enfadonhas, numa agradável partida de futebol.



Com esse procedimento, dificilmente muitos talentos seriam descobertos para o futebol, porém, certamente, alunos outrora desinteressados se tornariam criativos e extremamente atentos às aulas.



Essa é apenas uma sugestão que deixamos para complementar a brilhante idéia que Ricardo Semler está tentando implantar – a Escola Lumiar -, para revolucionar o ensino em nosso país.







































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