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Contos-->AS AVENTURAS DO BALELA (2) -- 20/08/2002 - 21:40 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



AS AVENTURAS DO BALELA (2)



Era um desses dias atípicos de verão: ninguém na praia, pouco movimento no calçadão, trânsito de gente e de automóvel, pífio. A meteorologia informara de manhã, na emissora de rádio mais ouvida, que o dia seria de sol, brisa calma e céu de teto azul límpido. Para ser um sábado, fim de mês, algo de anormal acontecera, que as pessoas se esqueceram de descer dos apartamentos a repetir o que habitualmente fazem: conversar obviedades sobre a areia. Até o moço vendedor da barraca de coco verde, sem ninguém para atender, ouvia as últimas notícias triviais, na emissora de rádio brega. O Balela, apanhou o jornal, ele que foi dormir tarde na sexta anterior, comemorando o aniversário de um amigo na churrascaria próximo à sua casa. Deixou de beber álcool faz alguns anos, por conta de uma gastrite, herança de excesso de trabalho, no início da carreira.
Por isso, acorda cedinho, faz uma caminhada no calçadão e volta para o apartamento. Depois do frugal café da manhã, desce de novo e apanha o jornal, abrindo-o no caderno de esportes, torcedor secular do Santa Cruz Futebol Clube. Ele também achou estranho esse sábado morno, desanimado e quase deserto. Caminhou um pouco mais além dos limites de sua casa, preferindo descer até a praia para assistir aos pescadores vendendo o pescado trazido do mar. Acomodou-se num tronco de coqueiro em forma de banco e, dobrando o jornal do dia, ficou apreciando o barulhinho da faca peixeira descamando uma enorme garoupa rosada, que, em princípio, tornou-se a coisa mais interessante de se ver, naquele sábado sem graça, sem bunda e sem explicação plausível, numa praia da cidade do Recife.


WALTER DA SILVA
Camaragibe, agosto, 2001
Extraído de “CONTOS D’ALDEIA” ®
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