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Artigos-->É só isso o que eu peço! -- 04/10/2009 - 00:46 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Este artigo foi publicado originalmente em fevereiro de 2009, mas, como eu sempre acredito no talento do futebolista brasileiro, agora, setembro de 2009, não custa nada repetí-lo.



É só isso o que eu peço!

Carlos Claudinei Talli



Acabei de assistir ao jogo Brasil 2 x 0 Itália, e gostei do que vi. Especialmente do 1º tempo, quando o Brasil precisou jogar. Depois, foi só deixar passar o tempo, e garantir o resultado.



É lógico que foi um simples amistoso, e os dois times há meses não treinavam. Mas, deu pra perceber a diferença abissal que ainda existe entre as qualidades inatas do futebolista brasileiro e as de qualquer jogador de qualquer outro país do mundo.



E o mais bacana foi verificar que o Ronaldinho Gaúcho e o Robinho pareciam dois passarinhos fora da gaiola. Bem diferente das atuais condições em que se encontram nos seus respectivos clubes. O Ronaldinho na reserva do David Beckham, em final de carreira, no Milan; e o Robinho parecendo um tri-atleta no Manchester City. Lá, absurdo dos absurdos, ele apenas pedala, corre e... nada.



Já contra os italianos em Londres, simplesmente os atuais campeões mundiais - tá certo que um campeão chocho, burocrático, enfadonho, de uma Copa do Mundo chocha, burocrática, enfadonha, mas, pra todos os efeitos ,um campeão mundial -, jogamos de peito aberto. E eles, ousadia das ousadias, também acharam que poderiam nos enfrentar de peito aberto. Mas, logo, logo, perceberam que ninguém pode se arvorar a enfrentar o Brasil, quando precisa provar algo pra si mesmo, de peito aberto, impunemente.



E o Ronaldinho Gaúcho, o Robinho e também o Elano – ia me esquecendo do Elano, que ‘baita’ jogador – estão precisando provar pro mundo inteiro um caminhão de coisas.



Fazendo um aparte, o Elano, um dos maiores coringas do futebol mundial atual, há vários meses é reserva, e quase nunca joga, no... Manchester, não no United, bem entendido, mas no.... City. Pode uma coisa dessas. Tem cada técnico...



Mas, voltando ao assunto que estávamos tratando, esses três ‘cracaços’ estão sendo tratados como jogadores de quinto escalão. E nós podemos estar p da vida com os três, principalmente com os dois primeiros, porque eles merecem, por desperdiçarem tanto talento; por não desenvolverem nem 10% do enorme potencial que Deus lhes deu, de graça; por terem um comportamento incompatível com o de um atleta profissional de futebol; mas, apesar de tudo isso, uma coisa salta aos olhos: quando eles se propõem a jogar futebol de verdade, o jogo bem jogado, ninguém chega nem perto.



Agora, uma pulga começou a coçar atrás da minha orelha direita, talvez porque eu seja destro. Parece que está me chamando a atenção. Tá certo, vocês podem me lembrar que o Leonel Messi – o Pulga -, o pequeno gigante argentino, está jogando o melhor futebol do mundo no momento. E eu concordo em gênero, número e grau. Inclusive, já o elogiei inúmeras vezes nos meus textos, e o considero um verdadeiro monstro sagrado.



Mas, um golaço do Messi, por exemplo, geralmente não chega nem aos pés de um golaço do Robinho ou do Ronaldinho Gaúcho. Simplesmente porque a criatividade do fora de série brasileiro é diferente da criatividade de qualquer outra nacionalidade.



O Leonel Messi é um craque extremamente criativo, assim como português Cristiano Ronaldo, outro baita jogador, mas é uma criatividade quase previsível, quase calculada, se é que existe a possibilidade de prever ou calcular num momento de criação. Ela vem sempre após uma preparação, ou uma repetição de vários lances seguidos. Dá pra perceber antes do fato se concretizar, que vai acontecer, e daquele jeito.



Já a criatividade do Ronaldinho e do Robinho é diferente. Talvez nem eles saibam de onde ela vem. Simplesmente acontece. Por isso é tão desconcertante. Por isso é tão mais bonita. A outra é extremamente eficiente. A deles provoca emoção; faz vibrar; arrebata.



Tudo o que eu coloquei até aqui foi um preâmbulo para lhes dizer que eu torço desde criancinha para chegarmos até a véspera da próxima Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul, do jeitinho que estamos agora. Sem nenhuma credibilidade. Com os nossos craques precisando provar pra eles mesmos um montão de coisas.



Entre esses craques eu coloco ainda o Kaká, o Alexandre Pato, o Daniel Alves, o Lucas, o Denilson – do Arsenal -, o Anderson, o Diego, o Ernanes e até mesmo esse menino do Palmeiras, o Keirrison. E outros mais que possam surgir até a próxima Copa. Olhem só o nosso potencial. Mas, precisamos chegar por baixo, quase raspando no fundo do poço. Do mesmo jeitinho que chegamos em 2002 na Ásia.



Vocês se lembram como chegamos em 2002?



O Ronaldo e o Rivaldo estavam tão ou mais macambúzios que o Ronaldinho Gaúcho e o Robinho. Vocês se lembram? E vocês viram os coelhos que eles tiraram da cartola. É assim que devemos chegar na África do Sul.



Feliz ou infelizmente, esse é o jeito brasileiro de ganhar Copas do Mundo.



É só isso o que eu peço...

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