Vício (alexandre pereira)
Que faço do meu corpo?
Carne, álcool, química que me mantém vivo
Encho-o de lixo, deixo-o morto
E alimento o espírito pelo seu crivo
Adotei a condição de cervejetariano
Boemia ao invés de ter a saúde em vista
Passo a noite exercitando, halterocopista
Ao invés de cuidar-me, vegetariano
Mudar é difícil, logo vêm a preguiça
Entrei no vício, e dele será que saio?
Tranque as portas de casa, a noite me atiça
Não estais! Sozinho será que consigo?
Sem teus cuidados mais uma vez caio
E no fritar dos pneus com mais um amigo.
(weberleao@yahoo.com.br) |