"E vamos,
Sem rumo e sem destino,
Ao léu do Sonho
E à mercê da Vida."
(Mário Pederneiras)
Apesar de meu porto seguro
embarquei clandestina
a bordo de sua fantasia
Não por aventura
ou uma crise de loucura:
foi pelo encanto que
esse mar de poesia
exerce sobre mim
Foi para alcançar
a linha tênue
que se vê no horizonte
onde mar e céu se unem
confinam, se fundem
sem fronteiras
sem barreiras
(a nossa espera)
Foi para navegar ao léu
no seu (a)mar
oscilar nas suas ondas
tentar me encontrar
que embarquei às ocultas
na sua viagem (perigosa?)
cujo destino é incerto
mas torna a vida
ventura prazerosa
E, sem receio,
não temendo o depois,
me deixo levar
por mares nunca d antes navegados
para um ponto qualquer do mapa
um porto, um cais
qualquer lugar onde exista
água, luz, alimento
o amor, eu, você
e nada mais.
Peço desculpas por invadir sua vida:
pode me colocar para andar na rampa
lançar aos tubarões
ou abraçar minha ousadia
sair fora dos padrões
e viver comigo de poesia.
Valéria Tarelho
http://www.poesiailustrada.hpg.com.br
http://almadepoeta.weblogger.com.br
|