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Contos-->Contos Infantis -- 23/08/2002 - 10:31 (Gerson Espindola serpa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era uma vez três porquinhos P1, P2 e P3 que viviam numa floresta idealmente circular e que habitavam o ponto específico O, eqüidistante à circunferência da floresta.
O porquinho P1, considerado aqui como sendo puntiforme para efeito de maior clareza - à despeito de ser um leitãozinho muito rechonchudo - era pescador e, de acordo com suas tarefas, tecia redes com fios de sisal e fabricava cestas de vime, materiais que abundavam na região devido as condições climáticas, geologia do terreno e distanciamento da linha do Equador.
Sendo exímio artesão, P1 construiu uma pequena casa de pescador com estes materiais, nas proximidades do centro O da floresta; formando uma angulação de dezessete graus com o arco AB que compreendia, no ponto A, o poço de água salobra e, no ponto B, uma formação rochosa de cassiterita da Era Mesozóica.
Seja Lb um grande e faminto canídeos lupus, isto é, um lobo que, em virtude das Leis de Darwin, perseguia implacavelmente os porquinhos P1, P2 e P3 para metabolizar as proteínas de que suas células eucariontes tanto necessitavam. Não obstante suas potencialidades de consumidor terceário e por caprichos que um sistema não-isolado impossibilitam precisar com métodos científicos, Lb jamais conseguira capturar os porquinhos P1, P2 e P3. No entanto, planejava, neste momento, vencer as condições probalísticas que, como dissemos, por alguma variante desconhecida, eram-lhe surpreendentemente desfavoráveis.
Lb, cujos maxilares de predador formavam perfeito túnel de vento, assoprou estrepitosamente o pequeno barraco de vime e sisal de P1 e este, sob a forte pressão eólica e devido ao seu designe não-aerodinâmico, ruiu em um pequeno período de tempo to. P1 então, num instinto de preservação e sobrevivência que regem as Leis de Seleção Natural, precipitou-se imediatamente para a casa do porquinho P2.
P2, admitido aqui como clone genético de P1, era lenhador e marceneiro. Sendo a floresta em que habitavam uma Floresta Latifoliada Tropical, não era de se admirar que P2 tivesse em abundância madeiras tais como o Cedrus libani, a Sequoiadendron giganteum, a Araucaria angustifolia etc. E com estas madeiras foi que P2 construiu sua pequena casa de lenhador nas proximidades do centro O da floresta.
Todavia, apesar do estilo colonial impecável e das fundações em peroba de que P2 tanto se orgulhava, o pequeno barraco de lenhador não resistiu aos poderosos sopros do lobo Lb e ruiu após um período de tempo t1 tal que to é menor que t1. P1 e P2 viram-se então em sérios apuros e, à despeito de não se relacionarem muito bem com P3, por ser ele um irmão homozigoto recessivo, para casa dele correram rapidamente, superando até mesmo o Primeiro Princípio da Mecânica Clássica, relacionada com a grande massa de P1 e P2.
P3, um porquinho albino e previdente, há muito pressagiara tais contingências e, após longas elucubrações, chegou a conclusão de que deveria construir sua casa no ponto B da floresta, onde abundava as formações rochosas de cassiterita. Fez pequenos blocos deste material e, com eles, erigiu uma sólida fortaleza à prova de tornados, furacões e tsunâmis, muito próxima ao ponto A da floresta.
O lobo Lb, tendo esgotado todo ar dos pulmões em suas investidas contra a casa de P3, agora, rouquejava em estertor e uma taquicardia aguda lhe obrigava a se apoiar nos troncos das árvores. Uma sudorese percorreu-lhe todo o corpo e, decorridos um tempo t = t1 - to, Lb caiu no poço do ponto A; sucumbindo por asfixia.
E foi assim que P1, P2 e P3 viveram felizes para sempre... Ao menos até que a ausência de um predador natural causasse um desequilíbrio no sistema que culminaria com a superpopulação suína e esta, por sua vez, disseminaria a inanição e várias patologias crônicas...
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