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Cronicas-->As culturas de Brasília -- 28/06/2002 - 11:51 (Raquel Zanon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em um país tão extenso, fica difícil dizer que há uma só cultura. Cada região, cada estado, cada cidade ou até mesmo cada bairro tem seus próprios hábitos, que caracterizam os moradores daquele lugar. E conhecer as inúmeras culturas que existem é uma verdadeira aula de história.
Muitos fatores levam um povo a agir do modo como agem. A cultura é diferente em diversos sentidos, pode ser na comida, na diversão ou na maneira de falar.
No interior de São Paulo, por exemplo, é comum ver nas ruas, durante o dia, quiosques lotados com pessoas saboreando o caldo-de-cana, também conhecido como garapa, e comendo um pastel feito na hora. Isso porque a região desenvolve, há muitos anos, o cultivo da cana. À noite, os jovens costumam se reunir em avenidas, bares, restaurantes do momento ou festas organizadas por amigos. Amigos que se conhecem desde criança, que têm mil histórias para contar, e que serão amigos até ficarem bem velhinhos.
Em Minas Gerais, entrar em qualquer casa que não tenha pão-de-queijo e cafezinho é quase impossível. E quando se fala em diversão, as festas que mais lotam são aquelas organizadas pelos estudantes, ou por pessoas já famosas nas cidades, como a Festa da Marcinha e a Festa do Tim, que acontecem todos os anos, em Uberaba, e atraem gente de todo o país, ou pelo menos dos Estados mais próximos.
Os amigos de Minas não são como os do interior de São Paulo, que se conhecem desde a infància. Até mesmo porque as maioria das cidades mineiras é universitária, e os jovens vão para lá, passam quatro ou cinco anos, saem de lá e só levam consigo a lembrança de um tempo bom em que as festinhas da turma eram mais importantes do que os estudos.
Agora, falar da cultura de Brasília, aí sim é difícil. A cidade é uma das mais novas do país, perdendo só para a capital de Tocantins, Palmas (que à propósito não tem muita coisa de diferente da nossa terrinha. Dizem até que Palmas é um filhote de Brasília, com as mesmas características).
Brasília é uma cidade regida pelo poder. As pessoas falam em poder, pensam em poder, sonham com o poder, dormem com o poder e respiram poder. Mas nem todas as pessoas têm poder. Muitas delas só fingem poder ser o que não são. E as relações são regadas pelo poder. E só quem conhece outras culturas sabe a diferença entre uma amizade verdadeira e uma amizade de interesse que um dia se transforma em mágoas.
Na comida, fica mais difícil ainda distinguir os gostos de Brasília. Arroz com piqui é coisa de goiano, pão-de-queijo com cafezinho é marca registrada de Minas e caldo-de-cana com pastel é coisa de paulista. Em Brasília, talvez o que seja mais famoso, que possa caracterizar a cidade, é o churros de doce-de-leite, ou o cachorro-quente na chapa, ou talvez o sanduíche do Giraffas, que em nenhum outro lugar faz tanto sucesso. Mas de uma coisa podemos ter certeza: o poder (falso ou verdadeiro) continua sendo uma marca registrada da capital da República.
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