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Artigos-->Fazendo jus ao presente de couro, azul... -- 18/01/2002 - 14:06 (Anderson O. de Paula) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De cinco anos para cá, a primeira compra que faço em janeiro é uma agenda,

método útil para organizar a vida, desde que usada para marcar compromissos -

o que quase nunca acontece comigo, pois quase nunca a uso para agendar

compromissos, sejam esses importantes ou não, e sim para escrever bobagens,

passar o tempo, como então.



Diante da verdade do que faço com minha agenda, ainda não sei porque raios

insisto em comprá-la: deve ser pelo mesmo motivo que escrevo romantismo

desvairado para alguém que ainda nem sei. Ora, já amo aquela que não tenho.



O fato é que esse ano não foi preciso comprá-la, pois a ganhei de uma

amiga. Aliás, até veio com uma dedicatória toda especial no dia de meu

aniversário, daquelas que se faz firulas com as letras (como em convites de casamento

o "a" de Anderson tinha um rabo imenso, porém não mesmo bonito). Continha

também um lembrete do aniversário dela, que ainda está longe, no segundo

semestre.



Para quem nunca foi de marcar seus compromissos, ganhar uma agenda com duas

datas já preenchidas - mesmo que uma das datas seja a do próprio

aniversário - creio que já saí no lucro; um a zero pra mim.



(Bem aventurada a pessoa que aprova, com todo seu coração, suas atitudes.)



A consciência - uma consciência bem estúpida e descabida por sinal, não

conheço ninguém que tem cismas como as minhas - diz que tenho de fazer bom uso

dos presentes que ganho.



Enfim, é por conta disso que peno, pois não mais escrevi nenhuma daquelas

bobagens que escrevia nas agendas que eram compradas por mim.



Como poderei fazer mau uso de um presente? - isso vai contra as virtudes

que ainda não tenho, mas que luto para alcançá-las.



Ora, ora, não tenho escrito nem mesmo o romantismo desvairado, que aliás já

me fez ganhar uns pontos com você, pois é notório que tais confissões (a de

que amo a mulher que ainda não tenho, por exemplo) empregam aos textos

maior sensibilidade e honestidade, causam uma ótima impressão.



Por conta, então, das virtudes que ainda não tenho, estou usando

devidamente a agenda, já até marquei um compromisso que tenho para a semana que vem,

fiz uma letra bem bonitinha, redonda, precisa ver! Lembra os tempos do

colégio.

Vou, assim, fazendo jus ao presente de couro, azul, lindo, que ganhei. Ora,

isso que aconteceu, pelo visto, era a única maneira de me organizar.



No entanto, vou confessar o compromisso que marcado com a letra bonitinha,

redonda: Dia 22 de Janeiro, às 14 horas, mais ou menos, irei comprar uma

agenda, voltar a escrever de tudo, de todos e de mim; romantismo desvairado

para alguém que ainda nem sei, ou sei lá, algumas bobagens, passar o tempo,

como agora. Ora, isso me faz bem!!



P.S.: A agenda que ganhei traz algumas mensagens no rodapé das páginas.

Isso explica a frase do 5º parágrafo, entre parênteses, que parece estar solta,

mas não está.













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