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Artigos-->Sincronicidade, Meditação, Helena e Francisco -- 02/11/2009 - 08:48 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sincronicidade, Meditação, Helena e Francisco

Carlos Claudinei Talli



Nas palavras de Sri Chinmoy: “O maior objetivo da meditação é estabelecer nossa união consciente com Deus. Yoga é união. É a união da alma individual com o Eu Supremo. Yoga não é uma religião. Yoga transcende todas as religiões. É algo infinitamente mais profundo do que religião. Yoga é aquilo que nos faz sentir que Deus está dentro de nós, que Deus é nosso e que Deus é por nós. Yoga é a comunhão direta com Deus. É a linguagem de nossa vida espiritual. Se quisermos falar com Deus, comungar com Deus, a linguagem necessária para isso chama-se Yoga. O aspirante verdadeiro que embarca na espiritualidade não sentirá dificuldades em permanecer na sua própria religião. Eu tenho discípulos católicos, judeus, protestantes e outros.”



Exatamente no dia 23 de dezembro de 2003, uma prima muito querida foi submetida a uma endoscopia digestiva e, horas depois, o resultado da biópsia confirmou um câncer de estômago. Na madrugada de 23 para 24 de dezembro, o meu sogro, com quem eu mantinha um excelente relacionamento, pois eu o considerava o meu segundo pai, sofreu um derrame hemorrágico e foi internado em estado gravíssimo na UTI do Hospital Santa Inês, em Indaiatuba. Nessa época, por coincidência, eu fizera um curso de Raja Yoga e aprendera a técnica de meditação que essa filosofia oriental ensina. Por isso, eu passara a meditar diariamente, com uma concentração muito melhor que antes. E, para complementar a técnica de meditação, estava escrevendo um diário para marcar as experiências que aconteciam na minha vida. Pois bem, durante aquela conturbada semana em que o meu sogro agonizava e a minha prima fazia exames para se submeter a uma ampla cirurgia, eu, usando a técnica que aprendera na Raja Yoga, me imaginava levando-os a um outro nível de percepção, tentando tranqüilizá-los, apesar de o meu sogro permanecer em coma profundo. E no meu diário eu ia marcando essas experiências. Exatamente sete dias depois, no dia 30/12/2003, a minha prima foi operada e se constatou que o câncer já estava em adiantado estado de evolução. Às 18:30 horas do mesmo dia, o meu sogro veio a falecer.



Em 02/01/2004, três dias após o falecimento do meu sogro Francisco e da cirurgia da minha prima Helena, eu estava na sala da minha casa lendo um livro e a minha mulher, no sofá em frente, recebia um telefonema de um parente que não pudera comparecer ao enterro porque viajara no final do ano.



Eu abrira o livro numa página ao acaso, e lera o primeiro parágrafo sobre auto-respeito, que relatarei em seguida textualmente:



“Temos uma individualidade eterna. Se eu tenho de ser eu para sempre, é melhor começar a resolver meu relacionamento comigo desde já. Essa verdade é um grande incentivo para iniciar a minha recuperação interna, pois quando eu deixar este corpo continuarei sendo o mesmo indivíduo. Só levarei comigo os registros desta vida na forma de sanskaras.”



Exatamente nesse instante, a minha filha mais nova se sentou ao meu lado e me fez a seguinte pergunta: ‘Pai, o que aconteceu com a tia Helena?’ – nome da minha prima que se submetera àquela cirurgia acima citada –.



Imediatamente, eu parei de ler e expliquei o que fora diagnosticado e o prognóstico não muito bom que os médicos tinham comunicado à família.

Em seguida, voltei a ler o livro a partir do ponto em que parara, pois eu tinha mantido o dedo na página que anteriormente estava lendo. E a seqüência dizia exatamente o seguinte:



“O conjunto de características de personalidade que agora se denomina Helena, Francisco ou qualquer outro nome, perdura. Possuo tal nome agora, mas na verdade é temporário como o corpo. Quando o corpo morre, o nome também permanece no túmulo. Mas o conjunto de características sutis que eu sou continua.”



Pasmo com o que acabara de ler passei o livro para a minha filha que, espantada, como eu, não acreditava no que lia.



Alguns céticos logo dirão que o fato daqueles dois nomes, Helena e Francisco, muito pouco comuns, surgirem naquele momento e naquelas circunstâncias, foi uma incrível ‘coincidência’, no entanto, daquele dia em diante eu não tive mais nenhuma dúvida sobre a existência de Deus e da Alma de cada um de nós, e de que ela é eterna.



Observação: este texto faz parte do meu livro ‘Das novas descobertas da física moderna à nossa Alma’, que foi publicado em setembro de 2009.

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