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Poesias-->LUSCO-FUSCO DA ALVORADA -- 07/11/2002 - 11:35 (Anderson Christofoletti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LUSCO-FUSCO DA ALVORADA







Uma vela derrama

Um resto de luz

Por sobre a mesa.



A sombra da cadeira vazia

Denuncia uma ausência.;

Anuncia formas

Que escorrem

Pela parede

Num ato de memória

Derradeira

Mas intensamente infinita.



Uma paz emoldurada

Sobre horas

Caiadas

Enfeita as paredes caladas.



Com nuanças

De palavras

Nascidas entre os lábios

Do lusco-fusco de outras alvoradas,

O branco cobre

Os gritos da madrugada.



Tal qual reflexo

Inverso de um desejo

Coletivo

Fecho meus olhos

E me vejo vivo.



Saio de mim para o mundo

E corpos se cruzam

Pelas ruas da cidade

Ungidos pelo completo

Desconhecimento

Da dor alheia.



Frente à esta transparecia ,

Abro meus olhos

E não me sinto vivo:

Não sinto minha existência.



O gosto salgado das lágrimas

Já alcançam meus lábios

E o grave silêncio

Da solidão invade meu peito

E dilacera minha alma.



O tempo consome a tépida chama

E tudo se apaga- menos a dor-.

Agora só me resta esperar o dia

Deitado sob o ébano da noite,

Sob o açoite das lembranças.











©Anderson Christofoletti

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