Os discos rígidos, unidades onde normalmente são armazenados os programas e documentos dos computadores, podem apresentar, por diversas razões, dificuldades técnicas, de modo que, de uma hora para outra, há a possibilidade de ocorrer a destruição parcial ou total dos arquivos.
Entre os problemas que ocasionam a perda dos dados, podem ser citados os defeitos mecânicos de componentes dos computadores, as variações de energia, a falta de aterramento adequado, as falhas dos programas de informática, a interferência humana, seja intencional ou não, e os desastres naturais, tais como a queda de raios, a incidência de tempestades elétricas ou a ocorrência de incêndios e enchentes.
Para evitar transtornos e possibilitar a conservação dos dados, torna-se necessária a realização periódica de cópias de segurança ou de backups, assim como é denominado no campo da informática, a fim de tornar possível a eventual restauração de arquivos.
O termo backup, desse modo, é utilizado para designar a cópia de segurança dos arquivos importantes de um determinado computador ou rede local, com o propósito de proteger o trabalho desenvolvido pelos usuários e operadores.
O processo de backup é uma operação simples. Consiste no ato de copiar os arquivos, compactados ou não, de uma unidade de armazenamento, normalmente de um disco rígido, para outro meio definido de acordo com o volume de dados. Podem ser usados como destino o CD, o disquete, o zipdrive, a fita magnética ou mesmo outro disco rígido.
Atualmente, há também a possibilidade de utilizar os discos virtuais na internet, opção disponível nos principais provedores e portais. Apesar de oferecerem capacidade de armazenamento limitada, são boas alternativas para os usuários domésticos.
Ao estabelecer a política de backup, é importante lembrar que não bastam ser copiados apenas os textos e as planilhas. Entre os dados que precisam ser armazenados, além dos citados, são necessários o catálogo de endereços (lista de e-mails), os dicionários personalizados do corretor ortográfico, a pasta favoritos utilizada com freqüência nos navegadores internet e todos os demais arquivos que não podem ser facilmente recuperados, inclusive os aplicativos.
No caso das empresas, órgãos públicos e instituições, a tarefa de realizar as cópias de segurança é mais complexa, visto que são envolvidos na operação os arquivos dos usuários, as configurações da rede local e dos sistemas operacionais, as senhas de acesso ao sistema e diversos outros dados relevantes. Neste caso, é usualmente adotada a fita magnética em função da sua alta capacidade de armazenamento.
É possível efetuar o backup manualmente, selecionando os arquivos um a um. No entanto, a tarefa hoje é automatizada por vários programas intuitivos, tais como as soluções proprietárias e os aplicativos incluídos nos pacotes dos sistemas operacionais.
O segredo para manter os arquivos seguros é adotar um bom plano de backup, combinando os três tipos usualmente aplicados: o normal ou integral, que efetua a cópia completa dos dados; o incremental, que salva apenas os arquivos modificados ou adicionados desde o último backup normal ou incremental; e o diferencial, que copia os arquivos alterados ou criados desde o último backup integral.
Mesmo com a realização periódica das cópias de segurança, os responsáveis devem observar cuidadosamente os métodos empregados, a fim de não cometer erros como não efetuar qualquer teste de integridade das mídias e do próprio backup realizado, fazer a cópia no mesmo disco onde estão armazenados os arquivos de origem, manter o backup acessível por qualquer pessoa e, ainda, deixa-los expostos ao sol, temperaturas elevadas ou ambientes úmidos.
Infelizmente, os usuários só lembram do backup quando já ocorreram os problemas com perda de dados. É necessário saber que não basta conservar cuidadosamente os arquivos no próprio computador, visto que fatores externos também podem causar o prejuízo. Por essa razão, é vital ser um usuário precavido para evitar futuras surpresas. |