Amigos:
Vez por outra, este antiqüíssimo assunto vem à baila e provoca arrepios nas pessoas. São mais de 300 livros publicados sobre este tema. Há profecias para todo gosto, desde as de Nostradamus àquelas atemorizantes previstas no Apocalipse de São João. Ontem assisti o recente filme intitulado 2012. Para quem gosta de filmes de ficção científica, e dos seus efeitos especiais, este é inigualável. Trata-se de uma superprodução realizada com base numa profecia do Calendário da antiga Civilização Maia, que fixou a data da tragédia humana para o dia 21 de dezembro daquele ano. As antigas profecias religiosas sobre o fim do mundo, e algumas das histórias da Bíblia sobre este assunto, foram escritas em forma de alegorias e, portanto, tomá-las ao pé da letra ficam sem sentido; por isso mesmo elas criaram inúmeras dissidências no âmbito da própria religião. Além do mais, sempre bateram de frente com a ciência e a razão. A história de Galileu foi um bom exemplo. De acordo com o Velho Testamento, o mundo tem 5.770 anos, data em que já foi comemorada este ano no calendário judaico, mas a ciência já provou que, através da geocronologia, isto é, dos estudos das camadas das rochas, o nosso planeta tem mais de quatro bilhões de anos; portanto muitíssimo anterior à história de Adão e Eva. E no Novo Testamento está escrito que a volta de Cristo será precedida de alguns sinais, entre os quais “a queda das estrelas sobre a terra”. Se uma estrela caísse sobre a Terra, seria o mesmo que um homem pisar numa formiga! Desde tempos imemoriais, as profecias religiosas e tantas outras previsões catastróficas sobre o “final dos tempos” falharam redondamente; e esta do Calendário Maia não fugirá à regra. Fazem parte do nosso fértil imaginário. Na verdade, somos nós a grande ameaça ao nosso planeta. Estamos envenenando a atmosfera, poluindo os rios, acabando com as suas nascentes, devastando as florestas e criando desertos. Os reflexos da nossa estupidez já são bem visíveis no aquecimento global e no derretimento das geleiras, que poderá provocar o aumento dos níveis dos oceanos. Enfim, o filme nos deixa uma advertência, mesmo que exagerada, do que pode acontecer no futuro. E se nada for feito, e com urgência, a conta a ser paga pela próxima geração poderá ser muito amarga.
Abraço para todos.
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