Não sei as horas que marcavam o dia
Mas foi um momento incrível, mágico talvez.
Entre as desesperanças da vida
Caminhava cabisbaixa, sem vontade de prosseguir.
A solidão fazia-me companhia,
Trazendo a tristeza para rondar o meu dia.
Entre a multidão alvoroçada
Caminhava feito autômata, esbarrando em
Seres que pra mim não existiam.
A vozearia eclodia em minha mente
Esta mesma tão ausente,
Fazendo-me perdida em pensamentos desordenados,
Camuflados de um estar cheia de vazio.
De-repente um encontrão
Fez-me sair da solidão.
Lá, como nos velhos tempos
Estava você.
Seu sorriso largo encheu-me de paz, ternura, confiança...
Mesmo sem dizer-me palavra,
Percebi-me cheia de vida.
Encontrei em seu sorriso a alegria de viver,
De olhar para a vida com olhos esperançosos
Que há muito imaginava perdido.
Lá estava o amigo de tantas horas
De tantos risos, de tanta vida...
Encontrei um amigo,
Encontrei “o amigo”
E o encontrando, encontrei a mim.
Os momentos que seguiram-se
Foram de êxtase, uma retrospectiva
De momentos encantados, mágicos, vividos...
Há quanto tempo não via aquele amigo,
Há quanto tempo pensava eu não ter ninguém,
Há quanto tempo desperdiçava o tempo
Em martírios desnecessários,
Há quanto tempo deixei de ser alguém?
Alguém pra mim mesma,
Alguém que gosta de viver, sorrir, sentir...
Ah amigo! Obrigada!
Obrigada, por trazer-me de volta pra mim.
Obrigada, por fazer-me reviver a esperança,
Obrigada, por mostrar-me como vivo,
Obrigada, pelo sorriso franco, apaziguador,
Foram tantos os sonhos,
Tantos que, tornando-se reais, deixei-me escapulir,
Obrigada amigo, muito obrigada, por você existir!!!
“Em nenhum momento, por mais que a vida nos tente,
Devemos deixar de ser nós mesmos.
Devemos trazer conosco a vida que sempre tivemos
E nunca perdermos os indícios de felicidade embarcando
Em sonhos desmedidos, para alcançar os frutos nos mais altos galhos”.
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