Amor, tantos foram os momentos de alegria,
Tantas promessas, tantos sonhos...
Onde e por que foi que perdi a alegria, os sonhos?
Por que não cumpri as promessas?
Por que amor?
Ah! Se eu soubesse que a felicidade nada custava,
Se eu soubesse que não precisava procurar ao longe
O que junto de você eu tinha.
Se eu soubesse que a felicidade me era companheira,
Se eu fosse atento à simplicidade da vida, da nossa vida.
Amor, perdoa-me.
Fui tolo, a deixei esquecida.
Fui fraco, a troquei por uma ilusão.
Fui insano, covarde, a entreguei à solidão,
Esta mesma solidão que hoje aprisiona-me.
Perdão amor.
Dói-me a alma, o peito,
Lágrimas escorrem copiosamente pela face,
Pela mesma face que um dia acariciou.
Perdão amor.
Volva seu olhar para mim,
Dê-me ao menos a sensação de perdão.
Aconchega-me em seu peito,
Diga-me que tudo não passou de um sonho ruim...
Amor, perdoa-me...
Eu a vejo ao longe, sorrindo,
O sorriso brinca em seus olhos, em seus lábios, em sua face...
Você é feliz amor?
A solidão foi sua companheira por muito tempo?
Consegue perdoar-me?
Será que pode ouvir-me?
Diga amor, fale qualquer coisa, tira-me deste sofrimento.
Sei que não me ouve,
Sei que não me vê,
Sei que não reconheceria em mim a sombra do que tentei ser.
Carrego minha dor, meu amor...
A dor que te fiz sentir,
A dor que sinto por não tê-la junto a mim.
Vá amor, talvez já tenha perdoado este pobre inconseqüente,
Vá amor, viva a verdadeira alegria que agora tem.
E...Se um dia puder...Volte,
Volte para mim.
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