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Poesias-->C E L E B R A Ç Õ E S -- 10/11/2002 - 11:29 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






C E L E B R A Ç Õ E S

para NORMA





Um portão grave, sisudo,

pintado de preto.



Vento lúdico, exultante,

incolor.



Distante, além, no subúrbio,

teu vestido claro.



Talvez azul, rosa,

de cetim, manchado.



Nos anos sessenta, um

sem-número de...



Escusas de desastrado

cuba-libre sem-razão.



Os olhos ornados de

verde-acinzentado,



Semelhante às lentes dos

óculos que usei.



A espera de tua volta

vestida de novo,



Concedendo uma dança

no “assustado”,



ante-sala dum aniversariante

sábado inesperado,



Comemorando uma paixão

anunciada.



Um portão onde entram

e saem desejos.



Teu nome, enfim, regra

definitiva,



Norma de uma vida

sem tantas.



O vândalo de horários

do cinema de arte.



A extensa família de

moças e rapazes.



O moço, moreno, trajando

um namoro.



Os longos carnavais de “bate-bate”

à moda das primas,



A embriaguês e a ressaca

diante de um sóbrio amor



A constatar-se no dia

anterior à mágoa.



Depois... depois do depois:

quase cinco lustros



D’altos e baixos, bequadros,

bemóis e sustenidos



Sob vigência inexorável de

tempos idos e contidos.



Paredes pintadas de eras

infalíveis.



Teu nome prevalece a

norma geral,



Regendo intempéries sobre

“esta cruz de ébano”.



O sorriso no painel de fotos

da segunda gravidez.



Amigos, ruas, coisas, casas, erros,

viagens e vinhos,



Projetivamente colhidos

em três generosas safras.



(As inevitáveis mortes na família

de ambos...)



Na última rua, na casa do meio

da esperança,



O portão, pintado de preto

e tempo,



Continua a permitir o vento

transpor as frestas de



Tingidas, inumeráveis e

gratas celebrações.





WALTER DA SILVA

Aldeia, Camaragibe, PE nov. 2002

inserido em “OS RITOS DA AURORA” ®



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