Qual o tempo que devemos ter para ler algo? Eu, que detesto romances de 2 volumes, lhes afirmo que, quando se trata de meios virtuais, o texto deve ser econômico, os avisos devem ser flashes.
Mas é possível que ainda não tenhamos visto, reconhecido ou escrito nada de realmente verdadeiro e unânime aqui no Usina?
Sim, é possível.
E é possível que, apesar do progresso, da cultura, da religião, da sabedoria universal, tenhamos permanecido na superfície da vida, falando apenas dos acontecimentos temporários do instante, mas não de algo realmente profundo e duradouro?
Sim, é possível.
É possível que não entendamos, a esta altura dos tempos, nada sobre as damas, que ainda assim, lutam pelo seus lugares? É possível que se diga "as mulheres" e "as crianças", sem pressentir que há muito tempo essas palavras não possuem mais plural, mas apenas incontáveis singulares?
Sim, é possível.
Nada mais estranho do que ler algo grande e epopéico como minha peça teatral aqui publicada "Orlando", por isso indiquei que deveria ser copiada para o HD e lida Off line, com a devida atenção e calma. Até para eu digitar isso aqui, há uma certa velocidade empregada. "Orlando" é grande demais, sim, para o Usina, mas tenta resolver todas as questões colocadas por mim acima. Problemas sobre o vento, a alma e a dança. |