Meu nome é Língua Latina.
Como não sou mãe que aborta,
procriei, pois era sina.
Contudo, agora estou morta.
Todos me chamam Francês.
Outrora bem conhecido,
quase não tenho mais vez:
estou perdendo o sentido.
Sou o sonoro Italiano.
Tendo nascido em Florença,
impus ao napolitano
e a outros minha presença.
Fui batizado Espanhol.
Vibro em Madri, sob o sol,
e meu viço não se esvai
do México ao Uruguai.
Bem, eu me chamo Romeno.
Não, não sou idioma ameno:
minha mãe veria em mim
o seu filho mais afim.
Eu me chamo Português.
Fiquem sabendo vocês
quem sou: tesouro crustáceo
e a última flor do Lácio.
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