O amor que deixei distante
No espaço de minha vida,
Um curto espaço de amante,
Ainda deve chorar sentida.
Ainda deve se lamentar
Nos murmurios noturnos,
Quando esta´ a sonhar,
Ou em instantes taciturnos.
As cartas, mesmo incineradas
No fogo agonico da demencia,
Em que ela o viu sem clemencia,
Lagrimas de amor assassinadas:
Ainda podem ser lidas na mente,
Porque foi o que restou somente!
(Jeovah de Moura Nunes)
do livro "Pleorama" pag. 89 |