Para minha Jovem “Mãe”
A mãe legítima, eu perdi há muitos anos,
E as outras mães que um dia me adotaram,
Desvelaram-se por mim de mim trataram,
Deixei-as ou me deixaram, ...desenganos....
O destino nos vem de outros planos,
Não o traçamos, nem interferimos,
E mesmo os sentimentos que sentimos
Nos vir da alma, e forte nos controlam,
Às vezes ao tempo cruel se deterioram
Arrastado o que a custo construímos.
Mas traz a força divina, se pedimos,
Um novo alento de amor, que com afã,
Produz em nossa noite uma manhã
Iluminada e calma, e usufruímos
Do amor e do carinho como arrimos
À nossa alma órfã e combalida
Restaurando e compondo nossa vida,
Trazendo a Luz, a Paz, a confiança,
Infundindo no peito a esperança
E restaurando a messe destruída.
E veio restaura-me a Paz perdida,
O novo amor, a mãe, a companheira
Que em sonhos eu vira a vida inteira,
Ainda que sem rosto, e até despida.
Eu havia unido a sua, a minha vida
Pois desde doze anos me visitava,
Em sonhos tão reais, e eu pensava
Que fosse uma lembrança recalcada,
Mas hoje é esposa, mãe, irmã amada,
É a santa desnuda que eu sonhava.
Se pudesse, é certo que eu lhe dava
Neste Dia Das Mães, sem ter medida
Toda benesse com que sonha a vida,
E grande Paz interior nela plantava,
Realizando os sonhos que sonhava
Antes de vir a mim, mas não detenho,
Nem puder nem fortuna, o que tenho
É amor.. muito amor, amor sem conta,
Que existia, que existe, e que desponta...
E a entregar-lhe, neste dia venho.
Acróstico para minha Mãezinha falando do meu amor.
E le é puro, surgiu vindo do nada,
L ouvado seja Aquele que atendendo
I sistententíssima prece, e que vendo,
A li minha alma sofrida desvelada,
N ão se furtou me ajudar, e uma fada
A o meu lado, feliz hoje estou tendo.
mestre Egídio
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