Poemas escritos à minha pessoa. Ana Zélia
EU VI...
Everaldo Nascimento
Eu vi um poeta chorando
Vi um poeta calado
Tentando escrever seus versos
Contra o barulho de um rádio.
Eu vi um poeta chorando. Sentimentos verdadeiros
Desabafo, dor no peito
Lágrimas verdadeiras.
Eu vi um poeta chorando
Vi um pássaro na prisão
Triste fim... sem o seu canto
Quanta dor no coração.
Eu vi um poeta chorando
Feito criança sem mãe
Feito pai que perde o filho
Feito trem sem direção.
Eu vi um poeta chorando
Sim! Eu vi.
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Publicado na Cartilha POÉTICA (Poesias dedicadas) do poeta do AMOR, Everaldo Nascimento, autor, editor da FOLHA DO POETA. Manaus, 01.12.2006 (Para a poetisa e amiga Ana Zélia)
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Nota da autora- Tenho participação direta em palestras, interpretações teatrais nas escolas, sempre a convite do poeta Everaldo Nascimento, tentei em minha casa construir o memorial “Puriuari”, memória viva de um trabalho árduo, abriria uma sala para consultas e pesquisas em livros que possuo, além de ensinar interpretações de peças de teatro, como agir, atuar, criar personagens, infelizmente existem pessoas que mudam de religião como trocam de roupas, uma vizinha ao ficar viúva passou a ser evangélica (Deus e Amor) e toda semana me pedia dinheiro para dar ao pastor. Emprestava 10, 20, até 30,00. Sou católica e um dia achei que era abuso, disse que não tinha nada a ver com o pastor, na minha igreja isto não existia. A partir desta data ganhei uma inimiga ferrenha. Desde ás cinco da manhã abria o rádio em alto volume e gritava junto com o pastor. Aleluia! Etc. etc.
Dei parte á Polícia, fomos á Justiça, descobrimos que ela estava tendo surtos, saia e deixava o fogão aberto com comida cozinhando. Por oito vezes tivemos que chamar o Corpo de Bombeiros. Hoje, a Delegacia do idoso controla seus atos através de uma Assistente Social e Psicóloga. Matei meu projeto e quase deixei de escrever. Manaus, 10 de janeiro de 2010
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