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Poesias-->Inútil consciência -- 14/11/2002 - 09:55 (Sidnei Olivio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Inútil consciência



(re-leitura de "José ", poema de C.D.A.)



E agora, mané?

Sozinho no mundo,

sem nome, sem rima,

sem nenhuma solução.



Você está entre o milhão

de seres andantes,

meros passantes

da vida sem rumo.



Perdeu a consciência,

a cidadania e a ilusão.

Nem Deus nem o governo

deram-lhe ciência e certidão.



Está preso à fome,

à miséria, à tormenta.

Você nasceu no lixo

e o lixo agora lhe sustenta.



Essa é a sua história,

a sua fiel realidade:

fora desse ambiente

você nem é mais gente.



Já não lhe contam no censo

nem tem título de eleitor.

Quem conhece a sua dor?

Quem já viu a sua cara?



Insistente, você se declara: sobrevivente!,

sem roupas, sem documento, sem prurido.

Ganha então mil apelidos:

bêbado, vagabundo, marginal do mundo.



Apesar de tudo você mantém a fé.

Em quê, mané? Em quem?

E segue na lida esperando o futuro...

Pra onde, mané? Até quando?



s.olivio

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