Nao e´ por acaso
Que gosto de escrever poesia.;
Nao ha´ hora, nao ha´ prazo,
Isto flui a todo momento, todo dia.
E´ como ter que ir ao banheiro,
E´ como ducha de chuveiro.
Sonho com meu livro publicado,
Uma boa conta bancaria,
Direitos autorais conquistados,
Mesmo sendo a poesia mercenaria.
Nao tive tais incentivos.
Sou talvez como o Dirceu
De Marilia, que de poeta sensitivo,
Tornou-se avarento e o belo feneceu.
Ja´ tive prazer demasiado
Em pincelar lindos versos,
Era um colorido jovem, amado,
Onde tudo contrastava com o universo.
E, no entanto, nao tinha a grandeza
E a doçura de um fruto maduro,
Como hoje, cuja visao e analise
Tenho a certeza.
Pinto versos transcedentes puros
E sou apaixonado pela vida.
Em pensamentos vivo imerso,
Traçando temas de reflexao incontida.
Tudo isso porque sou mesmo
Apaixonado por um lindo verso...
(Jeovah de Moura Nunes)
do livro "Pleorama" pag. 16/17 |