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Poesias-->COMPETIÇÃO: VIDA MAIS ESTÚPIDA! -- 15/11/2002 - 10:56 (Alaor Tristante Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vida mais estúpida era aquela vida reprimida

Que alguém sonhara viver num dia de chuva

Sem sair da toca pra não zangar a ferida

Masturbando-se pensando na vizinha viúva.



Vida mais estúpida era a competição do dia

Debaixo duma ponte da avenida da esperança,

Em cima o escárnio, embaixo esgoto e poesia

Dos concorrentes e do sábio juiz: uma criança.



Ninguém sabia ou com o troféu se importava

Só a vitória interessava na grotesca disputa

Onde até o padre compareceu com sua escrava

E a honra foi o prefeito com sua prostituta.



Iniciou-se o concurso com o hino nacional

Tocado pela banda marcial do jardim do gado,

Serviu-se a bebida após algum olhar banal

E o delegado de gravata foi logo alcoolizado.



Abriu a boca o primeiro concorrente taciturno:

"Sou daqui não sou de lá mas nem aqui nem lá estou,

Perdi o rumo, passei fome e só me restou muito estrume

E a única jóia que eu tinha, magra, deus a levou!"



Palmas ecoaram de todos os lados, entrou o veado:

"Já não dá mais para viver somente dando a bunda,

Incompreensão, aids e inflação dão vida ao mercado,

Penso até em mudar de ramo, talvez virar pudibunda!"



Nesse instante a prostituta do prefeito ameaçou:

"Faço greve Sr. prefeito por tempo indeterminado

Se V.Exa. não se separar da mulher com quem se casou,

Já não suporto ser a outra, é pouco meu ordenado!"



Defendeu-se o prefeito com unhas e garras:

"Chaninha, meu amor! És a única flor que amo,

Bem sabes disto, o resto são aparências bizarras,

Prometo roubar mais e dar só a ti a quem clamo!"



O juiz, um menino de seis anos, ergueu a mão,

Era hora do lanche como mandava o regulamento,

Tinham todos cinco minutos sem nenhuma exceção

Para se abastecerem comendo palavras sem acento.



Finalmente bocejou o padre com muita divindade:

"Deus, ó meu deus poderoso, onde tinha a cabeça

Quando resolvi seguir sua castrante felicidade?

Ao vê-la... não consigo impedi-lo que cresça!"



Todos fizeram o nome da cruz e o assassino falou:

"Comi minha irmã, roubei meu pai, depois matei,

Trafiquei... trucidei um cão, um gato, nada sobrou,

Depois fui preso, solto, matei... agora, regenerei!"



A competição não acabou cedo, varou noites e dias,

Foi um tal de querer ser o campeão da estupidez

E no final ninguém esperava a grande surpresa,

Eta poema besta, ganhou um trabalhador japonês...



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Alaor Tristante Júnior

alaorpoeta@ig.com.br



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