KNIERIM, Rolf P. – A Interpretação do Antigo Testamento. São Bernardo do Campo: EDITEO, 1990, p. 39-61.
AT e Justiça 130402
A compreensão de justiça está escondida na diversidade de suas conceituações e expressões. P.39 A compreensão tem a ver com a visão de mundo. P. 40
Uma interpretação de justiça no AT deve portanto não somente levar em conta a variedade de aspectos presentes no texto, mas também tratar de reconstruir as pressuposições conceituais das quais dependem seus usos e aplicações. Estas pressuposições representam a base para as reivindicações de verdade por parte dos textos. Elas são conceituais, sistêmicas e representam o nível em que aparece a variedade dos conceitos teológicos de justiça. P. 41
A justiça era o eixo central do antigo Israel que fazia com que ele se mantivesse unido frente à diversidade de vivencias. Assim, a justiça se torna critério para as reivindicações de verdade. É um critério dinâmico apresentado conforme a unidade na diversidade de vivencias do povo. Essa dinâmica apontava para uma avaliação contextual tendo como critério a justiça refletindo na verdade a ser aplicada e vivida.
A teologia da justiça vai aprofundar-se entre a dialética do julgamento e do perdão. Onde Deus estará presente? A justiça divina é a que promove vida e, para isso, Ele humilha-se ao caminhar com sua criação. Morrendo por nós e sentindo como suas as nossas cargas. Sim, Deus é justo, e é por essa justiça que Ele tem misericórdia do ser humano.
Finalmente, a teologia da justiça é o critério para a vida reta dos seres humanos, ou até mesmo da justa justiça divina. Afinal, a vida continua a ser o objeto da justiça que foi criada por Deus para sua própria honra e glória.