Usina de Letras
Usina de Letras
114 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50628)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Erotico-->Parte 2 - Mais do que uma afinidade -- 19/11/2002 - 08:54 (Ruby Parker) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MAIS DO QUE UMA AFINIDADE...



A semana havia sido desastrosa. Duas contas encerradas, clientes que nunca reclamaram, colocaram suas queixas aos quatro ventos.

Eu já estava quase virando a mesa quando o telefone toca:
- Helena, Associated Press, boa tarde.
- Hummm, é assim que você atende o telefone? – e a voz do outro lado, com um inconfundível sotaque italiano sorria.
- Paola?? Nossa! Não esperava receber sua ligação, como você está?
- Com saudade, repertório afinado, uma garrafa de vinho e o carro pronto pra descermos a serra, precisa mais??



Não havia como negar um convite tão delicioso, ainda mais porque eu me lembrava do quanto tinha gostado daquela noite, especialmente da descontraída companhia de Paola. Rodrigo já havia me falado nela, detalhista como é, já sabia quase decor as medidas da moça. Mas, nada de ciúmes, havíamos aprendido a brincar com essa possibilidade, depois de algum tempo juntos, decidimos não procurar, mas sim, deixar acontecer.

E foi o que aconteceu. Aconteceu Paola. A loira italiana, falante, extrovertida, de lábios e seios generosos, de olhar decidido e passos tranqüilos. Ele não havia exagerado em um detalhe sequer. Até quando fazíamos amor, trazíamos Paola para nossa cama, como se já soubéssemos o que iria acontecer, aquele olhar brincalhão escondia muito mais do que simples brincadeiras.

Na festa, ela havia sido afetuosa, até quase um pouco exagerada comigo, empolgação? Talvez, não sei. Só sei que eu e Rodrigo estávamos adorando o final de semana que se aproximava. E foi aquele telefonema salvador, que me tirou do pesadelo da rotina e me levou pra onde eu mais precisava. Os braços de Paola.

Como já havíamos combinado, ela passaria no escritório, assim, não perderíamos tempo. Fui até a sala de Rodrigo para me despedir, beijar aquela boca que tanto se encaixa na minha, um amasso de leve, pra deixar com saudade e vontade e um segredinho no ouvido:
- Eu volto, mais apaixonada ainda, me aguarde, descanse, porque eu voltarei com tudo! E rindo, saí da sala.

Apesar de um pouco nervosa, fui. Há muito tempo esperava por uma ocasião assim, não iria deixar passar. O combinado entre eu e Rodrigo seria, que, se agradasse os dois, tudo bem. Coisas de casal moderno...

A viagem corria perfeitamente, a conversa fluía solta, leve, rimos, conversamos, cantamos, parecíamos duas amigas de infância. Quando fomos descendo a serra, o cheiro da maresia estava no ar já exercendo em mim um poder completamente afrodisíaco. Não sei o que é, mas, o sorriso se alarga, a pele pede por pele, a boca pede por boca, o olhar é certeiro. E a partir desse momento, começamos a nos olhar um pouco diferente, como se quiséssemos detalhar, cada pedacinho, cada forma que se expunha em um decote ou uma fenda que aparecia quase sem querer.

Aos poucos o tapete azul-esverdeado era desenhado ao longe, enchia meus olhos, enchia meu peito, o mar faz isso comigo, me preenche, me dá paz, preciso dele pra me recarregar. Me assustei quando Paola tirou a mão direita do volante e colocou na minha coxa, semi-coberta pelo vestido esvoaçante.
- Você consegue ver aquela ponta ao longe, onde dois veleiros estão passando? Pois é, é lá onde você vai passar os melhores dias da sua vida. Sorriu apertando de leve a minha perna, um arrepio percorreu meu corpo todo. Bom sinal.

Após uma hora e meia, chegávamos ao Recanto das Borboletas, sorri ao ler o nome, não era possível, Rodrigo tinha que saber disso. Ela me perguntou qual era o motivo do riso, eu falei e mostrei:
- Olha aqui no meu tornozelo... - e mostrei a pequena borboletinha azul.
- E você acha que eu já não havia notado a delicadeza do desenho... Só preciso agora ver mais perto, admirar... Notei o sorriso deliciosamente malicioso, já estava meio tonta pelos efeitos da maresia e daquele lugar que poderia chamar no mínimo de paradisíaco.

O carro percorreu a pequena estradinha até a casa principal, passamos por duas menores, a piscina, um pequeno pomar, flores, flores, muitas flores e claro, entre elas, centenas de borboletas. Paola estacionou o carro ao lado da porta que levava até a sala, mas, foi como se algo me puxasse para o outro lado. Como estávamos em um local alto, eu queria ver a paisagem, aquele mar que havia visto de londe, queria agora, ver de perto e de cima. Quase levei um susto tamanha era a beleza do local.

Na parte de trás, uma varanda inteira rodeava a casa, com portas de vidro enormes e tudo aquilo de frente para o mar. Parei. Fiquei hipnotizada. Queria absorver todo aquele momento, quieta, de olhos abertos, mas... Alguém me abraçou por trás, pela cintura e sem nada dizer, beijou meus cabelos e falou...

- Eu não falei que você não iria se arrepender? E sem dizer mais nada, me virou de frente, tocou meu rosto, com a ponta dos dedos, tocou meus olhos para que eu os fechasse e beijou-os. Desceu os lábios úmidos pelo contorno do meu nariz, até as bochechas, finalmente, até a boca.

O beijo foi suave, delicado, primeiro com a língua de Paola brincando em meus lábios, apenas reconhecendo o território, a mão descia em minhas costas, fiz o mesmo, arranhava de leve as costas fortes de Paola que no meio do beijo gemia. Apertei a cintura dela, contra meu corpo, deixei que nossos seios se tocassem de frente, se beijando, ainda que fosse por cima do tecido podia sentir o tesão que exalava dos nossos corpos.
- Helena, eu quis te beijar desde o primeiro instante que coloquei meus olhos em você...

Me encostei na grade de madeira maciça da sacada, inclinei o pescoço para trás, pra que ela pudesse me lamber generosamente. Ela descia até o meu decote, entre os dois montes que ansiavam pelo toque e pela língua de Paola.

Subitamente ela parou. Levantei o rosto, que queimava. Ela sorria, lindamente sorria. E tocava meu rosto com a ponta dos dedos.
- Minha menina, nossos dias estão apenas começando... Me abraçou e de mãos dadas entramos na casa como se aquele beijo fosse absolutamente corriqueiro para nós duas.

Ali começava nosso inesquecível fim de semana...
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui