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Artigos-->A esbórnia financeira -- 25/02/2010 - 08:29 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A ESBÓRNIA FINANCEIRA



General-de-Brigada (reformado) Valmir Fonseca Azevedo Pereira



Um dos muitos milagres com os quais fomos abençoados pelo “magnífico estupor” está a multiplicação do dinheiro. De fato, o bolso dos que pagam impostos parece não ter fundos, pois “nossa aberração” não titubeia em inchar a ineficiente máquina administrativa pública (efetivação do controle interno do Estado), pois seu interesse é o reaparelhamento político do Estado.



Acrescente-se ao pesado ônus nacional, a gigantesca máquina administrativa já existente (mais de 21 mil cargos públicos de confiança, a deles, sem concurso), com 37 sinecuras de altíssimo nível em termos de gastos, um empreguismo suicida, a alimentação de ONGs nas mãos de honrados e abnegados petistas, as vultosas quantias orientadas para o empacado PAC, agora liberado, apesar de a maioria de seus projetos conter vícios denunciados pelo TCU, este amordaçado pela ira do “cão sarnento”.



Inconseqüentemente, o desgoverno não titubeia em criar despesas crescentes, que não podem ser revertidas, com gastos em pessoal; não se preocupa em conceder aumentos estapafúrdios para os funcionários (os gastos com funções gratificadas cresceram 119% e chegaram a R$ 1,2 bi), e em fazer doações e benemerências (um bilhão de dólares de crédito para Cuba, com a previsão de um adicional de mais 230 milhões) com a benevolência de um perdulário novo rico.



Parece bazófia, ouvirmos a cada dia, as centenas de milhões de reais que serão destinadas para esta ou aquela obra, ou os vultosos aportes para estes ou aqueles ministérios, ou para a educação, ou para a saúde, e para que os números soem como impressionantes, afirmam que aquelas monstruosas cifras serão liberadas até 2030, 2040, e assim por diante. Alguns, boquiabertos com tanta pujança do Tesouro Nacional, e com a propalada eficiência e a capacidade empreendedora do desgoverno, pasmem, acreditam.



Infelizmente, no mar de rosas que o País atravessa, não muito longe, agourentos economistas vaticinam que um tsunami se aproxima e, mesmo aumentando-se a carga tributária, ainda assim, faltará “merda” para todos.



O aumento dos impostos pode ser agregado ao seu bolso de forma direta ou indireta. A indireta, você pouco percebe. Vamos a um grosseiro exemplo. Quando, repentinamente, o Seguro Obrigatório foi aumentado de 40 reais (?) para os atuais 82(?), foi público na imprensa, quase às escondidas, a destinação daqueles recursos. O mais alarmante é que 30% são destinados ao desgoverno. Pergunta-se, o que o governo tem com aquele seguro, uma taxação recolhida de todos os proprietários de carros, ônibus, caminhões, como fundo para a indenização de acidentados? Absolutamente nada, a não ser recolher algum. Portanto, vejam como é fácil arrecadar, sem que os idiotas percebam.



Pipocam na imprensa, preocupantes alertas. Não há desconhecimento quanto ao montante da dívida pública. Ela já cruzou a casa do trilhão.



Cobertos de razão, alentados economistas olham com reservas para o inchaço da máquina administrativa (dados recentes do Ministério do Planejamento apontam que, entre 2002 e 2009, o número de cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) aumentou 24,6%, passando de 18. 374 para 22. 897. Já as despesas com essas e outras funções gratificadas do Executivo passaram de R$555,6 milhões em 2002, para R$1, 222 bilhão em 2009, um salto de 119,9% - dados extraídos do artigo “Excesso de Confiança”, de Gustavo Paul e Cristiane Jungblut), e com justo temor, denunciam, pois além de dominante, o Estado é grande, pesado, caro, esbanjador e ineficiente.



Acreditamos que, muito breve, a conta ficará alta demais ou o bolo da viúva pequeno para ser dividido com tantos, em especial, por constatarmos que a cúpula dos três Poderes é um dragão insaciável.



E o pior, é que a candidata do “alto teor alcoólico” nos afirma com alarido (vide o seu programa de governo) que os tentáculos do desgoverno serão estendidos sobre todos os setores, como um poderoso pai, benevolente para os lenientes e acomodados, e severo com os que não se comportarem.



Rumamos, infelizmente, de olhos abertos para o abismo, e não temos a simplória desculpa de que fomos enganados. Uma coisa é certa, hoje a esquerdalha atingiu a tal limite de força e descaramento, que trabalha às escancaras (PNDH, o que é isso companheiro?), e anuncia aos quatro ventos, em festivos convescotes o que fará conosco.



E nós, humilde e pacientemente, abanamos o rabo.



Brasília, DF, 24 de fevereiro de 2010



Um brasileiro que ao término do carnaval se recusa a tirar a fantasia de palhaço





***



1 - Em 2003 o Presidente Lula assumiu o governo com uma carga tributária de 32,35% do PIB, em 2008 a carga tributária aumentou para 35,80% do PIB. Aumento real de 10,66% em relação ao ano de 2002.



2 - Com base nos números conhecidos no mês de Dezembro de 2009, comparando com dezembro de 2002, houve aumento do efetivo da União da ordem 318.634 servidores: Legislativo - 4.739; Judiciário - 13.775; Executivo Militar - 176.264 recrutas; Executivo Civil - 107.290 e Ex-territórios e DF de 16.566.



3 - De janeiro de 2003 até dezembro de 2009 a União gerou um déficit fiscal nominal de R$ 708,4 bilhões (4,18% do PIB).



4 - O custo total de pessoal da União aumentou de R$ 35,8 bilhões em 1994 para R$ 75,0 bilhões em 2002. Incremento nominal de 109,50% em relação ao ano de 1994. Em 2009 o custo total com pessoal da União foi R$ 167,0 bilhões. Incremento nominal de 122,67% em relação ao ano de 2002.



5 – Os gastos com pessoal militar em 2002 foi de R$ 20,9 bilhões, em 2009 aumentou para R$ 37,7 bilhões. Aumento de 80,38% para uma inflação pelo IPCA de 57,00% no período.



6 – Em 2002 a dívida interna da União (em poder do mercado e do Banco Central) era de R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB), em 2009 era de R$ 2.037,6 bilhões (65,20% do PIB). Aumento nominal de 142,28% do PIB e aumento real em relação ao PIB de 14,57%.



Ricardo Bergamini



(48) 4105-0832(48) 9976-6974



ricoberga@terra.com.br

rbfln@terra.com.br

http://ricardobergamini.orgfree.com/





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