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Poesias-->COPO DE PINGA -- 19/11/2002 - 16:42 (Jeovah de Moura Nunes - 1) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Neste copo que hoje bebo

O conteudo da morte certa,

E´ diferente do que recebo

Pelas aguas e vidas incertas.



Agua: bebida de Deus.

Vinho: bebida de Jesus,

Este transformou aos olhos meus,

Agua em vinho sob a luz.



E eu com meu copo de cachaça,

Ainda almejo viver feliz,

Como na cova a linhaça

Deseja viver como aprendiz.



O etilico confunde a cabeça

Do poeta sempre desconhecido,

Mas, hoje plagiado `a beça,

No monturo do inapetecido.



Este copo de pinga epico

E´ o nepente do poeta,

Cujos versos esteticos

Nao encontraram seu profeta.



Nem na multidao,

Nem na sagrada escritura.

Foi levado de roldao

Pelos boçais da literatura.



Porem, meus versos estao em bares,

Nos cadernos das estudantes.

Estao vivos em muitos lares,

Que reconheceram versos amantes.



Nao o amor falso da televisao,

Ou a pseudo sexologia

dos apedeutas de plantao,

A invadir os lares todos os dias.



Meus versos tem amor latente.

Tem conteudo platoniano,

Porque e´ retirado ainda quente

De meu coraçao sempre humano.



O lado pobre da cidade

Conhece os meus pobres versos,

Ricos de rima e sem idade

Para homens dos universos.



Meu nome finalmente

Sera´ colocado numa sepultura,

Como o poeta que nao mente,

Mas faz ironia da cultura.



E o copo de pinga

Vai esperar por mim.;

O alcool nao respinga

Nos versos e em meu fim.



Todos irao do bar,

Ficara´ a lembrança ilesa.

Todos partirao do lar,

Ficara´ o copo na mesa.





30.agosto.2001

do livro "Bar, Cachaça e Poesia"

(Jeovah de Moura Nunes)

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