Usina de Letras
Usina de Letras
120 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62159 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22530)

Discursos (3238)

Ensaios - (10345)

Erótico (13567)

Frases (50571)

Humor (20027)

Infantil (5422)

Infanto Juvenil (4752)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140790)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Infanto_Juvenil-->A LENDA DA CARIMBAMBA -- 09/12/2021 - 18:55 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

1521981.jpg

 

Havia na fazenda uma lagoa encantada.

Era fazenda de Corina Flor de Lis Bomtempo

Ali também se vivia, além do mundo real,  fantassiacolossais, como se a vida fosse um poço, de onde se retira todo dia muito encanto e beleza.

Por causa dessas coisas, a fazenda Campo Grande ficou guardada nos anéis da memória.

 Mas, nem tudo que viu, viveu e aprendeu, veio das cercanias da  fazenda, ou  dos almanaques que lia.

Corina aprendera muito  com o marido.

 Ele tinha uma cultura regional gigantesca, muita sabedoria popular,  e um baú de estórias  com matiz e  cores do Brasil.

A lenda da  carimbamba,  por exemplo, Corina achava que era invenção do marido.  Ele contava que ninguém do sertão ou do mar, jamais viu a carimbamba. Só à noite se ouvia seu lamento triste, semelhante ao clangor da acauã, canglorando, canglorando, agourando morte na aldeia.

Dizem que  a carimbamba que há três mil anos canta, tem cabeça de gente e asas que não voam. E que ela é igual em malvadeza ao Cabeça de Cuia, que, “Sete Marias  precisava tragar. Sete virgens comer pro encanto acabar...”

É verdade.

O fazendeiro Generoso contava que já  era escuro, quando Maryula ouviu  cantar a carimbamba:

“Amanhã eu vou... amanhã eu vou...amanhã eu vou... amanhã eu vou.”

Curiosa, a pequena Maryula adentrou  a mata, e ao pisar a vegetação rasteira, o paredão instransponível da mata se abriu e a lagoa encantada apareceu.

Maryula não voltou para casa.

E até hoje, corre o boato, que uma velha encurvada, grasna, em noites de lua cheia, na lagoa que não é mais encantada.

A neta do fazendeiro quis saber  se a menina transformou-se mesmo numa velhinha.

E a avó Corina respondeu:

Nas lendas e histórias infantis, as personagens não crescem, não envelhecem e não morrem. Até saem dos livros de ficção, e vão morar no mundo real.   É provável que já tenhas visto por aí, nalguma festinha infantil, o porquinho Rabicó, um pato falante ou até mesmo uma boneca que se comporta como gente. Não é mesmo?

***

Adalberto Lima, trecho de "Estrada sem fim..."

 

Adalberto Lima

Enviado por Adalberto Lima em 09/12/2021

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui