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Cronicas-->...EL DOMUYO.... -- 09/07/2002 - 10:30 (Lenine de Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

----- Don Marcelo, o sábio, contando-me.....
O Domuyo é uma montanha.
Tem mais de 5.000 m de altura e é um dos muitos vulcões extintos na Patagonia.
O cume é coroado de neves eternas e em baixo, no sopé, há fontes de águas termais,
sulfurosas, quentes e medicinais. Os índios Mapuches sempre o consideraram mágico,
místico dotado de estranhos e misteriosos poderes. Ainda hoje, costumam levar seus doentes
a banharem-se nas águas quentes e pedem ao Domuyo que os cure. Antiquíssimas lendas
afirmam que grande parte da Cordilheira dos Andes é óca e no seu interior vive uma civilização
adiantadíssima, cujos ancestrais ensinaram aos nativos do continente a construírem piràmides,
a observar o curso das estrelas, engenharia, medicina, etc... Ainda segundo Don Marcelo,
existem portais secretos, entradas dissimuladas, em vários pontos da Cordilheira,
sempre guardadas por um índio de aspecto pobre e humilde, mas capaz de reconhecer
psíquica e espiritualmente alguém que chega e pode e deve ter permissão para entrar,
mesmo que não saiba. Estes guardiães tem a capacidade de reconhecer as pessoas especiais
que o Destino de alguma forma conduz até lá...por e para algum propósito...
A vegetação ao redor do Domuyo é exuberante e rica, mostrando e escondendo mágicas trilhas,
senderos... Não cheguei a ir até o Domuyo, não tive a oportunidade, mas a descrição
que Don Marcelo me fez permanece vívida até hoje.
Meses após ter voltado, começaram os chamados "sonhos recorrentes" , ou seja,
sonhos que se repetiam iguais noite após noite.
Nesses sonhos eu me via frente ao Domuyo e conversava com a montanha
num idioma desconhecido mas que me saía fluentemente dos lábios. Rios de lágrimas
corriam de meus olhos enquanto eu contava para o Domuyo todas as tristezas e frustrações,
todas as dores e angústias vividas nesta vida e em outras vidas...
Frequentemente acordava com o rosto banhado em lágrimas, o peito arfante
e murmurando palavras desconhecidas... Então, numa madrugada o poema nasceu...
e os sonhos foram-se embora...

PARA EL DOMUYO...

Ayudame a llorar
Domuyo.
Abrazame,
Con tus brazos de tierra y piedras
Y escucha mi corazón...
Saca de mis ojos
Todas estas antiguas lágrimas
Como lo hicistes ayer,
Cuando mi pueblo
Yá no era más el dueño
De sus flechas...
Tantas vidas se pasarón Domuyo,
Estuvimos tan separados,
Pero la esencia del espiritu
Se quedó intacta.
Y retorno ahora,
Hasta vos,
Con la imensa carga
De enseñanzas amargas...
Abrazame Domuyo
Y escucha mi corazón!
Ayudame a llorar
Domuyo,
Ayudame....a morir.....

Lenine de Carvalho
loboazul@uol.com.br
www.loboazul.hpg.com.br



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