Quero me libertar
das palavras que
capturam;
ser um poeta que
não faz uso
de palavras...
Decretar a morte
das figuras e dos
signos
Queimar etapas!
Acelerar o tempo!
Um tipo de borboleta,
por exemplo,
que nunca foi pa"larva"
Seria possível isto?
Ah, este meu juízo!
Um querer obsessivo
de ser fugitivo
de palavras
que me policiam
os limites
Desejo abrir as
mãos em garras,
escrever com unha,
arrancar a
palavra máscara e,
entre meus dedos,
como um ourives,
contemplar o
sentido único e incluso
E para ser feliz
comer o bulbo...a raiz
e depois, acho
que serei músico
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