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cronicas-->Previsível, imprevisível vida -- 10/07/2002 - 17:14 (José Ricardo Mendes Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Neste final de semana a perda de um ente querido, minha avó materna, me fez refletir profundamente sobre a vida e a morte.

Observando o semblante de minha avó já sem vida e rodeado de flores, passou pela minha cabeça, todos os momentos passados em minha vida. As mãos frias e rubras de minha avó, com unhas aínda rijas e pontíagudas podiam passear pelo meu crànio.

Com a cabeça baixa e o lhar ainda fixo comecei então a me questionar e prontamente me responder: como poderia a vida ser tão previsível e a morte tão imprevisível? A mesma vida que nos traz a ela, traz pessoas e estas pessoas nos ajudam, e ajudam nossos pais a nos ajudarem e então após todo o compromisso que de certa forma nos foi imposto for cumprido, a morte os leva. E o mais imprevisível é que vamos para outra vida, vida que só os mortos conhecem e já mais, já mais voltam para nos contar.

Da mesma forma que nos foi imposto a condição de assumir compromissos, não será lá, no outro mundo, nos imposto condutas que terão fins tão imprevisíveis quanto na vida terrestre?

Certamente que não! pois acredito que a morte não nos leva a uma outra vida como esta, previsível quanto ao final e, amarguradamente imprevisível quanto ao como será seu fim.

A morte é um estado de soberania espiritual, aonde seu espírito vai de encontro à sua energia mãe e lá não ha imprevistos, não ha saudade de familiares e muito menos o sentimento de remorso que fica ancorado no coração daqueles que foram deixados no planeta terra.

Entendo eu então, que na vida, de nada adianta os frutos da ilusão, pois serão deixados por aqui quando partirmos rumo a força criadora. Nossa estória aqui na terra será grafada por nossas mãos e nos resta grafa-la bem fundo, de forma que fique imprimido em forma de vidas, que por sua vez, deverão cumprir com todo o compromisso que lhe for imposto. Pois uma coisa é certa; rico ou pobre, negro ou branco todos passarão pela mesma previsível experiência, a morte. Nos resta esperar então, a imprevisível forma que ela virá.

José Ricardo Mendes
São Paulo 21/02/1999
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