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Contos-->A Mensagem Espectral -- 13/09/2002 - 01:25 (Abilio Terra Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Mensagem Espectral

Abilio Terra Junior

O monge budista morrera em meditação. Seu corpo mumificara em uma forma que, trinta anos depois, surpreendeu os especialistas: rijo e com os órgãos internos em perfeito estado, apesar de permanecer em um local de clima úmido e sem qualquer condição especial de conservação, fosse interna ou externa.
Um astrônomo amador descobrira uma nova lua que girava em uma órbita regular em torno da Terra, ninguém sabia ainda do que se tratava.
Clara, uma cientista, tentava um contato com seres extraterrestres há anos, apesar de toda a incredulidade que a cercava.
Naquela noite, ela acordou assustada. Sentia uma presença no quarto. No canto escuro notou uma sombra, um vulto, que parecia um ser. Ela sentiu que ele lhe falava, não pela boca, mas pela mente. Dizia que estava, no momento, naquela nova lua. E que outras luas já haviam surgido em outras épocas. E que possuíam uma missão. Nesta nova lua, seres estavam observando o que se passava na Terra. Ele, por exemplo, fora aquele antigo monge budista. E que soubera a data do seu nascimento, assim como o da sua morte, e a da sua próxima encarnação. Ele, junto com outros seres também muito elevados no campo espiritual, viviam no interior daquela lua, em uma forma etérea. Na verdade, aquela lua fora criada por eles, pois possuíam poder para isso, e para muito mais.
Observavam que a ganância havia alcançado um ponto absurdo naquele planeta chamado Terra, no qual ele próprio vivera. Não que isso fosse novidade, pois sempre existira, mas, nos últimos tempos, havia extrapolado qualquer prognóstico, por mais pessimista que fosse.
Um clima de guerra, alimentado por ambições econômicas, principalmente, e pelo controle das fontes de energia, como o petróleo. Possivelmente, seria a última guerra, em que se usariam armas nucleares, químicas, biológicas etc. Certos líderes não haviam aprendido a lição das duas grandes guerras do século anterior. E nem de outras guerras, em diferentes tempos e lugares, mas sempre com os mesmos motivos, que poderiam ser resumidos em uma palavra: ganância. Ganância por maior poder, maior controle, mais recursos enérgicos, financeiros, econômicos.
Poder de manipular outros países, outros povos, que lhes forneceriam mão-de-obra barata, direta ou indiretamente, matéria-prima, dinheiro do pagamento de produtos acabados, empréstimos, juros, know-how etc
E eles ali estavam, sentinelas, que agiriam de acordo com as leis que regiam todo o universo, tentando sempre alcançar a paz, mas, quando não o fosse possível, estavam incumbidos de conduzirem as almas para as suas moradas, de acordo com o seu grau evolutivo.
Aquelas almas, aos milhões, que transitariam de um estado para o outro, da vida para a morte, como comumente se conhecia, quando as pessoas, na maioria inocentes, fossem trucidadas em grandes conflagrações, a nível mundial. Não seria a primeira, e talvez, nem a última vez, que uma "civilização" desapareceria da face da Terra, eles o sabiam muito bem.
Aquela mensagem calou fundo na alma de Clara. Finalmente, conseguira o contato, por ela tão esperado! E em que circunstâncias! O que dizer? O que pensar? Clara notou que, vagarosamente, o vulto foi desaparecendo. Mas, sua presença, a sua marcante mensagem, ficou palpitando no peito de Clara por muito tempo ainda.
Ela começou, imperceptivelmente, a chorar. Chorar por tanto sofrimento de agora, e do futuro. Chorar por todos, por ela mesma. Por sua alma que doía a um ponto insuportável. Pela tristeza que emanava daquela mensagem, que viera de um homem santo que vivera pela paz, que ainda vivia, em outra forma, pela paz, mas que não via nada além da destruição ante si.




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