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Poesias-->REGRESSÕES DA ALMA HUMANA (À MANEIRA DE "AUGUSTO DOS ANJOS") -- 26/11/2002 - 03:21 (RICARDO MATOS DAMASCENO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A noite dos gemidos ancestrais

Obumbra as luzes almas dos fanais

Das palingenesias sem origem.

E o homem, preso à dor e à agonia,

Pressente a mente flébil e erradia,

Num surto de delíquio e de vertigem.



As alucinações atentatórias

Das vidas malogradas, transitórias,

Torturam, sem cessar, a inconsciência.

Numa catarse insana, a dor enorme

Recorda à alma lânguida e disforme

Os erros amorais da incipiência.



A sensação das coisas embrionárias,

Egressa das vivências planetárias,

Em que todas as almas se redimem,

É a disputa travada no organismo,

À beira mais propínqua dum abismo,

Para livrar-se enfim do eterno crimen.



Em tudo quanto nela ainda habita,

Num desilusão cosmopolita,

Sentindo um evolver insuperável,

Vê sim como se instala um pesadelo

Na mente em que se rompe o eterno selo

Dos pórticos morais do Imponderável.



Retorna à fase lúgubre dos vermes,

À época das formas ainda inermes,

Para ver-se no caldo esfuziante,

Em que se misturavam energias

De todas as espécies, prestadias

À formação do homem fecundante.



Mas, lenta, segue a escala universal,

Buscando redimir estranho mal,

Pecado imensamente o mais profundo,

E chega a ser, por fim, um antropóide

De que descenderia o ser negróide

E toda a raça humana desse mundo.



No cérebro, desperta intensamente

A sinergia psíquica da mente,

Em complexos mentais indecifráveis.;

Existe na matéria um psiquismo,

A essência das essências do onirismo,

Das coisas transcendentes, inefáveis.



Depois de superadoo transe amargo,

Sentindo-se envolvido num letargo,

Viu-se passar de larva a ser humano.

Num lapso de tempo imensurável,

Convolou para um corpo miserável,

Sentiu nascer o mais profundo arcano.



As sensações do mundo em desconforto,

Como se dentro dum esquife, morto,

São mais do que tormento para o homem.

Entregue à lama fétida da cova,

Percebe como a vida se renova

E como os tristes erros o consomem.



Do átomo vibrante à mente humana,

Passando pela carne soberana,

Teleologicamente, em si resume

O equilíbrio perene do Universo,

Em que se encontra eternamente imerso,

Nascida para ser eterno lume.





Feira, 25 de julho de 1999.
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