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Poesias-->BODAS DE PRATA DO CAPITÃO -- 27/11/2002 - 06:15 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




BODAS DE PRATA DO CAPITÃO

Nos 25 anos de RODRIGO, meu filho





Muito bem. Agora estás pronto

para dar mais senso à vida,

regendo a orquestra de planos,

colher dela o que for frutos.



Jamais ilusões, mas sonhos,

linhas retas, prumos, bússola

um plano de vôo diuturno,

a enfrentar tudo que haja.



Um canto, recanto, miúdo

qualquer que seja esse sítio,

te exige mais e te cobra

o preço de haveres vindo.



Alcance, já o tens de sobra

traduzido em cognição

e um gatilho pronto, ágil

reto ao alvo do destino.



Postar-se à sala de espera

do viver, mas agendando

um caminho menos duro,

de amor pavimentando.



Tentarei mais por ofício

te incrementar o élan,

e o apoio que tens da vida,

segundo o poeta GIBRAN.



Um quarto de século, pois

( dadivosa natureza )

que a mim me fez por gerar

um filho, sobre meus dias.



São retas, curvas sinuosas

que as mãos desejariam

se antecipar aos desvios

no caudaloso percurso.



Os filhos, os temos, somos

peça por peça, inconsútil

como argila em olaria

crepitando em vida, pronta.



São versos, motes, poesia

os filhos, brotos vitais

de raiz se aprofundando

num veio se descobrindo,



No ígneo ventre da terra

donde vim, aonde vou

diante de alfa e ômega

sob o não-ser e o não-sou.



Capitão, meu Capitão

és o meu rumo tutor

o “juízo” que não tenho,

meu ingente tribunal.



Nos sertões despercebidos,

na aridez dos quintais

no teto da estrela guia

nos extintos carnavais,



Em cima da lua inerte

travestida em quatro instantes:

nova, cheia, mingua e crescente,

sobre fugazes amantes,



Aquém de minha solércia

de menos poeta estar

antigas, vãs cantorias,

onde te me impões a par.



Sob o sentido pintado

de cores improduzidas

dificilmente avistadas

na produção dessas vidas,



Te saúdo meu Capitão,

hoje, agora e até onde

me permitas andarilhar

na poesia e no mistério,



Envolto em vida que vaga

na espiral da existência,

na introdução do sinal,

do ponto de exclamação.



Louvada a poesia seja,

plena e rude em seu brilho,

e sob milhões de luzes:

Salve RODRIGO, meu filho.





WALTER DA SILVA

21 de novembro de 2002.

Aldeia, Camaragibe PE

Inserido em “OS RITOS DA AURORA” ®













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