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Erotico-->UM MOMENTO ESPECIAL DA CRIAÇÃO POÉTICA - A POESIA DA POESIA -- 24/11/2002 - 12:46 (ROSAPIA (veja página 2)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM MOMENTO ESPECIAL DA CRIAÇÃO POÉTICA - A POESIA DA POESIA


(12-03-01)

Interrompi o trabalho no micro para tomar banho. Nada mais corriqueiro e desimportante... Não sabia que algo inusitado e forte estava para acontecer.

Ao banhar-me, pensei em você. Claro que me lembrei de nossos banhos, eles são memoráveis! E pensei no que você me dissera ao telefone: "Não fizemos ainda tudo o que temos direito. Ainda temos muito a gozar nesta vida." Sorri com esses pensamentos. Tive saudade do prazer que suas mãos me davam, do quanto eram prazerosas nossas brincadeiras sob o chuveiro, do tanto que ríamos e do resultado sempre repetido: saíamos, molhados mesmo, direto para a cama e fazíamos o amor de sempre, só que a cada vez mais perto da perfeição. Essas lembranças me deixaram excitada. Ali, recordando, tentei o amor sozinha, mas não deu, eu não tinha aprendido o segredo de suas mãos, eu não era capaz de me enlouquecer como você fazia, minhas mãos se recusavam a dar o prazer que me consolaria da sua ausência. Olhei no espelho e vi minhas pupilas dilatadas, não pelo gozo e sim pela simples lembrança do gozo. O gozo físico não aconteceu.

De repente, um poema rolou na minha mente. Rolou assim, inteiro e pronto. A inspiração jorrava como a água do chuveiro. Senti que me acalmava, já não sentia a necessidade do gozo sonegado. Sentia, sim, a necessidade de criar a poesia que me sufocava e me enternecia ao mesmo tempo.

No espelho, vi lágrimas aflorando.

Fechei o chuveiro. Tomei da toalha e não me enxuguei. O micro estava ligado, me esperando. Comecei a teclar, mais rapidamente que o costume. Parecia ter medo de perder qualquer parcela de inspiração. Criei o poema "Tuas mãos"! Ela jorrou inteira das pontas de meus dedos:

..................................................

TUAS MÃOS

Tenho saudade de tuas mãos.
Fortes, firmes, suaves,
tão contraditórias!

Nas carícias,
como luvas aveludadas
com dedos de pluma.

Na alegria,
quase me sufocando nos abraços,
participando e prolongando o bom momento.

Na tristeza,
percorrendo-me o rosto,
enxugando-me as lágrimas,
acolhendo a dor partilhada.

Tenho saudade de tuas mãos
na minha face,
no meu corpo,
nos meus pés,
despertando o tesão
onde quer que tocassem.

No banho,
cheinhas de espuma,
agarravam meus seios,
brincando com eles como se fossem crianças,
rindo de prazer quando eles te fugiam,
e agarrando de novo com força
para vê-los de novo escapar...

Na cama, no sofá, no chão,
nunca importava onde,
teus dedos brincavam em meu sexo,
enquanto te encantava o meu prazer.
Tuas mãos brincavam lá em baixo
enquanto, aqui em cima,
sorrias para mim, lambendo meu sorriso.
E rias de mim quando perguntava
o que fazias que me dava tanto gozo.
Rias e te calavas, como um apaixonado
consciente de que não pode dar as dicas do sucesso.

E, depois do amor bem feito,
eu as via repousando no meu corpo,
calmas, não de todo paradas, não cansadas,
parecendo de novo querer mais.

Hoje, tantos anos depois,
inda sinto tuas mãos.
E quando tento substituí-las pelas minhas,
não consigo, não sei, não me ensinaste...

Tenho saudade de tuas mãos que foram minhas
e tu, partindo, m as roubaste...

01/02/2001
..................................................

Teve que rolar. Eu não tinha o controle. Era mais forte que eu. Compulsão...

Tentei reler... curtir... Não deu. Meu corpo todo estremecia e, inesperadamente, o orgasmo aconteceu, sem que eu provocasse, sem que eu me tocasse, os olhos na tela, as mãos inertes sobre meus joelhos.

Não tive um orgasmo solitário. Foi um orgasmo com a poesia, com a saudade, com minha capacidade de guardar você dentro de mim. Um orgasmo com o AMOR! AMOR QUE É VOCÊ!

Chorei.


12/03/01

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