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Contos-->Uma urbe paixão -- 29/06/2000 - 17:30 (Eduardo Henrique Américo dos Reis) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“Nossos filhos seriam punks, straight edges, crusties, libertários, pulando no sofá ouvindo Larm, Fyp e ex-comungados. Do lado estariam os livros, Marx, Drummond... Monteiro Lobato...”
M.d.R. – Nossos Filhos

Acordei atrasado para a aula e com uma tremenda ressaca, tomei um resto de refrigerante dum copo em cima da pia, calcei o tênis e saí desesperado. Não sei por que lugares você passou. Entrei no ônibus, todas as pessoas me olharam. Com o skate em baixo do braço, o cabelo pintado todo bagunçado, seria difícil não chamar a atenção.
Muito cansado da noite passada, adormeci dentro do coletivo, com os fones tocando Lard em meus ouvidos, passei despercebido do meu ponto. Ainda não te conhecia, mas você já vinha em minha direção. Desci uma parada depois de onde deveria ter descido, pus o skate no chão, tirei a mochila das costas, acendi um cigarro e caminhei para o colégio.
Eu sabia que esperava por algo, mas como imaginaria que era você! Um alguém que nem se quer conheço! Desencanado, olhava para tudo sem reparar em nada. Meus cadarços estavam desamarrados. Meu estômago roncando. O lixo espalhado pela calçada alimentava os cachorros sem donos. Ainda tinha sono e meus olhos ardiam devido a poluição.
Não sei para onde ia, muito menos aonde está agora. Quando te vi, tudo desapareceu. Você era única em minha vista. Senti o calor do teu corpo ao passar ao meu lado.
Tuas roupas largas, teu tênis rasgado, o cabelo vermelho trançado, a camiseta do Mukeka di Rato, o brinco no nariz... Me olhou e mandou um meigo sorriso. E eu petrificado fiquei, sem saber o que fazer. Como queria acariciar sua pele tatuada...
Nem cheguei a ouvir tua voz, você sumiu na multidão sem olhar para trás. E eu aqui, sentado no intervalo do colégio, imaginando, fumando mais um cigarro. “Será que te verei novamente se descer no ponto errado amanhã?”.
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