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Poesias-->Como sombra fugidia -- 29/11/2002 - 22:22 (Antonio Carlos Garcia Pezente) |
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Como sombra fugidia
Soltei-me pela noite
e me apaixonei por uma estrela.
Olhei a vida em sua continua monotonia,
e compreendi a minha recusa
pela linguagem da aurora na hora do sol
se integrar na lua.
Hás de me compreender,
e me perdoarás.
És pura... e a tua felicidade...
eu, dela, sou senhor.
E se entender que te devo fazer chorar.;
Creias – hás de chorar.
Soltei-me pela noite
e da vida me perdi.
A quietude de tua alma, um imenso oceano
na pequena amplitude de meus sentimentos,
faz-me ajoelhar...
creio que cheguei a te odiar...
Mas ... eu, sou teu senhor!
Uma estranha alegria apodera-se de mim,
e torno-me mesquinho ante tanta soberania:
És minha... e ninguém pode negar.
És minha, mas eu não sou teu-
Eis minha alegria!
Tenho sem ter que me entregar.
Soltei-me pelos sonhos
e da realidade me perdi.
O vento do sol cobriu-me de êxtase,
mas foi tão forte
que eu não te vi.
Soltei-me pela noite
e me apaixonei por uma estrela.
Em teus olhos fiz meu testamento,
doei meu último suspiro
e me perdi em teus braços.
Nestas horas não sou teu senhor-
Sou teu escravo... e não me torturas!
És boa demais...
Mas se não me fazes sofrer,
hei de te fazer chorar!
Pezente.
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