A bença mestre Armi Silva.
Mode midi o teu verso
Num inventaro a midida,
Pruqui é quiném a vida,
Num pissui nada disperso,
Ninhum crítico preverso
Usando braça ô metro,
Ninhum fiscá do imetro,
Cum compaço i esquadro,
Paquímetro e metroquadrado
Pode teus verso midi.
Eles podi inté pidi
Ajuda pra quem quizé,
Pode inté fazê banzé
Indo pra riba de ti,
Nem se aluía daí,
Pois num tem nada a temê,
Pruqui inda tô pravê
Um cabra assim cordelista
Pois muito dos repentista
Num si igualha a você.
Sô abrigado a dizê
Qui muito cabra orguiôso
Pruqui tem nome famoso
Pra mim num sabe escrevê.
Posso afirmá e dizê
Que inventa neologismo,
Abusa dos adjetivo
Escreve de forma péssima,
Bota vinte in cada décima
Sinônios i repititivos,
Mêrmo os pueta institivos
Qui nunca foi na escola
Nota qui esta parola
Tem disqualificativo,
O cabra se acha vivo,
Inventa nomes ordinário
Qui nem nos dicionário
Exeste, nem se entende
Nóis sabe quiêle predente
Paricê extrordinário.
Sô um pueta ordinário
Num penso nem faço plano,
Faiz cento e dizessete ano
Qui carrego meu fadário
Meu pecado é meu salário
Mais isso é justo pramim,
Gosto de vagá assim,
O meu trumento é eterno
pruqui prá mim o inferno
É aturá pueta ruim.
meus parabêins.
Aqui né ôtro não meus fí, é Limêirinha do Tauá, preto véio infumaçado qui já MORRÊU, i num tem inveja di quem tá vivo.
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