Gosto de sentir a areia, o corpo a acomodar-se nela, aninhando-se. O Mar não deixa que o corpo se acarinhe por muito tempo e ondula rugindo alto como que a dizer - Deixa-a. É minha e só eu lá me posso deitar. Levanto-me num pulo respeitando a sua ira, evitando o seu braço frio de espuma e sal.
Mar, deixa-me fazer um castelo para poderes ganhar esta batalha mais uma vez. Deixa-me alinhar conchas para as devolveres a outra praia.
Mar, vou entrar em ti só para te acalmar. Gosto de tí.
Voltei á areia branca e sequei ao Sol.
Tenho Mar em mim e a areia agradece, cola-se a mim. O Mar confundido ronrona-me aos olhos que fecho.