Bela adormecida
Uma fada cruel ou um duende maldoso,
Enfeitiçou-lhe coração aos encantos dela,
Trás insanos desejos, o feitiço poderoso,
Se o sono sereno não dormisse a bela.
Em risco à própria vida sem temer a morte,
Tal a fábula do príncipe, avança destemido,
A encontra adormecida no leito e por sorte,
Ao lado dela, o guardião inerte, entorpecido.
Ao contemplar o suave perfil entre a mata crescida,
Febril, beija a frágil rubra flor, pela ânsia, corrompido.
Que ao toque, estremece, e abre-se inconsciente linda.
O soluçar abafado, uma lagrima e um frêmito incontido,
Por ela não despertar, a culpa selará seus lábios, e a vida,
O fará sofrer, por não ser ele... príncipe escolhido.
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