Eu tô com a cara fria,
os olhos negros
sem mais desejos,
de esperar por você aqui.
Com a boca rija
e lábios secos,
nem ganharei beijos,
nem direi nada para você sorrir.
Meus pés descalços,
que as pedras cortam,
desenham a sangue
este partir.
As mãos servidas do vento,
ora acenam,
logo preparam
camas vazias para dormir.
Não se laçam,
somente escapam,
as mãos vazias
de dias para ti. |