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cronicas-->segunda parte -- 17/07/2002 - 22:18 (Cecilia Reifschneider) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Descansar. Ir dormir às três horas da tarde e acordar 13 horas depois, com sono. Ter preguiça de levantar depois de finalmente ter acordado e implorar ao primeiro passante que lhe traga o café da manhã na cama. Ouvir um CD inteiro tocar duas vezes antes de ter as forças para mudar o CD, que aliás você detesta, do tocador em cima do seu criado-mudo... a uma braçada de distància. Ouvir o segundo CD, seu preferido, duas vezes antes de levantar. Ir para a cozinha com o segundo café da manhã, agora às 3 da tarde, em mente. Ficar tomando sol de pijama na cadeira mais almofadada que encontrar. Não escovar os dentes. Atender o telefone com voz de sono e reclamar do barulho infernal do seu próprio cachorro, mas não gritar com o cachorro, porque isso requer muito esforço. Comer o almoço às 6 da tarde e demorar cerca de 3 horas para faze-lo. Deitar na cama desfeita de ontem e esquecer do lençol. Olhar para o teto durante uns 10 minutos e ver que se passou uma hora. Levantar de madrugada para tomar banho de banheira, comendo chocolate.

Não. Fazer. Nada.

Que santa criatura não saberia em que implica essa palavra? Meu pai. Lembro-me que em um Sábado de férias minha irmã estava dormindo no sofá-cama junto comigo quando às 6 da manhã meu pai resolve juntar-se à nós. Ficamos menos de cinco minutos deitados e meu pai já queria levantar. Sendo apreciadoras do descanso, minha irmã e eu, concordamos que isso era não só um absurdo como uma afronta à inteligência humana. Pulamos em cima do pai e nos recusamos a deixa-lo ir. Durante 10 segundos ele sossegou. Depois, não mais aguentando o ósseo, tornou-se violento e ameaçou nos livrar do lençol. Não ligamos. Uma lição haveria de ser dada. Vendo que a falta de lençol não desanimou suas oponentes, o pai doutor em fitopatologia, lançou-se sobre nós de boca aperta. Gritos foram ouvidos por todos da casa. Ninguém veio socorrer as meninas. Tivemos de soltar a presa. Ficamos com marcas de mordida pelo resto da manha, mas valera a pena. Éramos vitoriosas. Tínhamos conseguido fazer o nosso pai ficar exatos 10 minutos a mais na cama, numa manhã de Sábado, durante as férias.
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