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Poesias-->A Caverna -- 03/12/2002 - 11:57 (joão manuel vilela rasteiro) |
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olhei a luz imóvel
que desperta a sombra dos dedos
o som do corpo
cava um fosso sem regresso
que irrompe na costura do ímpeto,
por vezes precipito os músculos
que me sabem às folhas virgens
em cada célula cativa,
é novo o alfabeto debaixo das vagas
um beco aberto sobre o dorso
na procura que perturba,
à primeira carícia
o fragmento contém tudo
elas as sombras e a memória da luz,
o corpo rasga-se no ventre
um desejo natural do polén
sem separar o núcleo do âmbito,
límpida a caverna no ventre húmido
e o corpo celeste aflorando da treva,
não sei se os loucos têm razão
ou se existe outro mundo além da pele.
in.; A CARTOGRAFIA DA PURIFICAÇÃO
(Inédito ) |
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