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Cronicas-->Discutindo a Liberdade de Criação -- 18/07/2002 - 01:03 (Abilio Terra Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Discutindo a Liberdade de Criação

Abilio Terra Junior

Coçava a cabeça e pensava naquele dia. Já não estava tão ilhado. Assim como um mercado tão restrito para os filmes nacionais, pois 90% era dominado pela indústria de Hollywood, o mesmo sucedia com seus escritos. Havia uma política claramente dominadora. Poderia ser livremente criador? E conseguir mercado? Ou teria que seguir paràmetros traçados, no caso dos filmes, HBO, Sony etc., no caso dos escritos, se moldar ao gosto do público, seguir determinadas fórmulas aceitas pelos defensores de "vender, sim, vender, e daí?" E isso moldado pelos "formadores de opinião", incrustados em seus palácios medievais, cognominados mídia, crítica, doutores universitários... e por aí afora.
Escrever, escrever, era a sua sina, da forma que assim sentia, e que assim se expressava. Não pretendia ganhar prêmios, nem tão pouco vender milhões de exemplares de seus livros. Nem sequer seria isso modéstia, mas provinha da sua própria natureza. Ela queria se expressar, da forma que ele sentia, e, em consequência, surgiam palavras ou versos que iam, aos poucos, tomando forma. Depois, o trabalho de burilá-los, como se faz com uma pedra bruta que se quer transformar em jóia. Era o seu trabalho, e assim continuaria, a despeito de todas as dificuldades.
Estava seguindo essa ou aquela linha literária, ideológica, filosófica? Não importava. Acreditava que essas denominações, terminologias, segmentações, eram, mais do que qualquer outra coisa, criações da mente humana, nessa necessidade permanente de catalogar, classificar, discriminar. A mente lógica, racional, potente há tantos séculos, desde que homens, até mesmo inteligentes, decidiram seguir tal linha de procedimento. Houve muitas razões que a justificaram. E muitos seguiram tais padrões, pelos séculos afora.
No entanto, sempre houve também inúmeros outros que "escaparam" a esses restritos padrões, e seguiram os seus próprios caminhos, com surpreendente desenvoltura. É claro que, por esse motivo, sofreram cáusticas críticas pelos detentores do "establishment", que não aceitavam, de forma alguma, que se afrontasse as leis e as normas pré-estabelecidas por eles mesmos e pelos seus pares.
Penas severas foram imputadas a esses libertos dos severos cànones: proscritos, banidos, menosprezados, caluniados, execrados, estigmatizados, desvalorizados, assim como as suas obras. Alguns foram esquecidos por muito tempo, até que, em um belo dia, chegasse aquele momento das suas "redescobertas", e, assim, revalorizados na plenitude das suas originais criações. Isso ocorreu inúmeras vezes, ao longo da história.
Quantos exemplos temos de tantos "esquecidos", que, no devido tempo, ressurgiram do fundo das estantes de bolorentas bibliotecas, ou de gavetas trancadas há longo tempo, e, só então, conseguiram demonstrar o seu real valor, como criadores, únicos, originais, perspicazes, desassombrados, intimamente ligados à sua própria natureza criadora.




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