Hoje e´ um dia obscuro.
Esta´ nublado e frio.
Minh alma anda no escuro,
Sobre um parapeito, por um fio.
Nao tenho receio de cair,
Ja´ o fiz no remoto passado.
Fui, voltei e hoje tenho que ir,
Em busca de meu futuro de alado.
Brilham e fosforecem neuronios,
Contaminados pelo odor etilico,
Sai de mim meu espirito atonito,
Asseverando sua idestrutivel eternidade.
Mas, a carne nao preve o infinito,
Quer viver apenas sua misera veleidade.
26.07.2001
(Jeovah de Moura Nunes)
do livro "Bar, Cachaça e Poesia"
|