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Poesias-->DA BREVIDADE E FUGACIDADE -- 28/07/2000 - 15:01 (Eduardo Coleone) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nós somos a véspera da realização

o fruto verde apodrecendo na mão

a caixa preta que não tem avião

o empregado que odeia o patrão



Nós somos o espelho se olhando de frente

a face da liberdade, cansada e doente

sem Reye, sem Down e com falha na mente

ser sempre inexpressivo e se achar contundente



Em suma somos tanto, e somando, tão pouco

e somos tão tolos e imbecis, somos loucos,

o mesmo cantor, sempre fanho e rouco

a nave perdida, sem radar ou aeroporto



Nós somos tão jovens, mas velhos na forma

o vão regimento, sem causa e sem norma

a chuva vadia, que ao mesmo chão retorna

o intrépido malandro que arruma, contorna



Nós somos filhos de um pai desconhecido

e nós estamos vivos sem saber o sentido

nós não mais sabemos e tomamos partido

e na morte choramos, nem que seja fingido

O erro da natureza, somos o seu aborto

a esperança cansada e o anseio já morto

no devaneio de Deus e para Seu conforto

a Sua imagem pálida, o Seu reflexo torto



Nós somos homens e é tudo que somos

como há mil anos, como já se viu

o vil exato, o nato para morrer

porque viver é irreal e, para tal

há de se morrer todo dia,

e há um só sol com luz própria,

em sua sóbria presença somos desprezíveis,

somos pequenos e incompatíveis,

detetives da vida e cobaias de Deus

lacaios, escravos, pastores primários,

achando nas fontes milhares de essências,

na veemente convicção que está a reinar,

a encabeçar a pirâmide da vida

nessa iludida idéia de grandeza,

a certeza e o sonho do homem de fé,

que sonha todo dia ser tudo o que não é.

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