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Poesias-->Paixões -- 04/12/2002 - 15:38 (Arthur Nogueira Lazaro) |
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Fim de tarde e eu aqui dentro do carro
A chuva lá fora não me deixa proseguir
O mundo parou e só eu percebi esse fato
Segundos, minutos horas, não saio do lugar
O vidro do carro começa a embaçar
A música no radio nem incomoda mais
As nuvens de chuva parecem não nublar somente os céus
Mas minha cabeça também e os pensamentos
Os pingos de água batendo no carro
Simulam uma sinfonia bizarra e suave ao memso tempo
Recordo o que passou, dias de chuva
De uma época distante, meus olhos fecham
Seus cabelos ruivos e suaves
Por ondem meus dedos se perdiam
Sua boca suave e macia me entorpecia
Abraços, carinhos e afeição
Tudo era perfeito ou seria uma maldição?
Poções de uma magia negra arcana
Levaram as crenças para um outro plano
E eu me encontrava perdido no meio do nada
A escuridão era o reino supremo e ditava meus dias
Anos, séculos, ciclos solares e lunares
Viagens estelares, mil cometas e chuvas de meteoros
A luz enfim retornou abrindo a porta e mostrando e saida
E ao fundo uma bela gueicha aparecia como um anjo
Seu rosto meigo, toque angelical
Mas a tentação do inferno cortou suas asas
E meu anjo nunca mais voou
Arrumou sua mala, fechou a porta
E a escuridão amiga tão desprezada retornou
De repente acordo desse transe e me pego dentro do carro
Olho para a frente, a chuva diminuiu
Olho para o lado e agora vejo você
Paro e penso, te vejo e choro
Abro o vidro do carro e sigo em frente. |
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