Adoro esta coisa de poder, através das letras, retratar o Universal partindo do meu próprio umbigo ou do quintal de casa.
Esta atitude, que podemos chamar de Underground, retrata o cotidiano em toda a sua banalidade, extraordinária e universal.
O básico, o sub-solo, o escovar os dentes, o comum à todos, o simples cu de todo mundo...eis o que me interessa como fazedor de frases.
Sempre vi as pessoas como uma fração aritmética, onde o numerador é o que a pessoa tem de mais pessoal e peculiar; é a sua identidade e é, portanto, variável.
Enquanto o denominador seria o cu de todo mundo, a parte INVARIÁVEL da fração humana, imutável, comum à todos os mortais humanos. |