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Poesias-->Monomania -- 04/12/2002 - 17:14 (Fabiano Conte) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Existem certas manhãs em que

Espaço entre ter e estar desperto

E a inconsciência são-me feitos de um

Mesmo material pantanoso, lento,

E o ruído de meu próprio sangue em veias

Chega-me aos ouvidos como se vinte e três

Planetas despencassem sobre a Terra,

Retirando-me desta semiletargia que

Impossibilitava-me o menor dos movimentos.



Então caminho, busco nas ruas imagens que

Permitam-me escapar um pouco de mim mesmo.;

Distanciamento.; o que consigo com uma mulher

Que pareça-me terna ou linda, um velho com

Ares de sapiência ou alguém mostrado sofrido.



Não interessa-me a sapiência do velho

Se quando com ele converso imponho-lhe idéias

De um Kant ou Vitor Hugo,

Elevando-me deste modo a estratos que jamais

Conseguiria se sozinho: uma dialética travada

Com ninguém a não ser comigo mesmo.



Na mulher, coloco-lhe frases de luxúria e carinho,

Mas estaria sendo cínico atroz se não aceitasse logo

Que tudo não passa de onanismo, ainda que intelectual.



Assim, também com o sofrimento alheio, o prazer maior não

Supera o ordinário, que é o de emocionar-se consigo mesmo

Pelo fato de estar-se sentindo pena, compaixão, dó.; nada Existe de real com o outro.; a garganta estanca apenas por Entender-me o quanto possuo de bondade.; enfim, um cristão.



Todas estas existências que são-me duplas por

Estarem dentro e fora, auxiliam-me a tergiversar

Sobre mim.; reconhecendo-me.

São-me úteis quando nos instantes em

Que vivo com a mesma estranheza e repugnância

Com que alguns concebem a morte.

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